Para um plano de plantio bem sucedido, com lucro na próxima safra, fazer uma boa escolha da semente de soja é o primeiro passo. Todo ano, na entressafra, o produtor se vê diante da escolha de qual semente de soja utilizar. Essa é uma das […]
Para um plano de plantio bem sucedido, com lucro na próxima safra, fazer uma boa escolha da semente de soja é o primeiro passo.
Todo ano, na entressafra, o produtor se vê diante da escolha de qual semente de soja utilizar. Essa é uma das decisões mais importantes a serem tomadas já que reflete em todo o processo de cultivo.
Atualmente, centenas de cultivares estão disponíveis ao sojicultor, o que o torna esse trabalho desafiador. Há cultivares altamente produtivas, outras com maior resistência a pragas e doenças. Cultivares resistentes a herbicidas não seletivos e até com ciclo adequado para os sistemas de produção vigentes em cada região.
Para se alcançar o potencial genético de uma cultivar é preciso buscar a alta qualidade nas sementes. Elas têm pureza genética e alta germinação. Seu tamanho é uniforme. As sementes certificadas tendem a apresentar tais características.
De acordo com a Embrapa, pode-se diferenciar as cultivares de soja pela cor da pubescência da haste e das vagens; tipo de crescimento (determinado, semideterminado e indeterminado); cor da flor, arquitetura da planta (formato de haste, ramos e folhas); ciclo; tamanho e coloração das folhas e de grãos; cor do hilo das sementes entre outros. Porém, como já citado acima, há também outras características como cultivares que têm reação a doenças, tolerância a nematoides, teor de óleo e proteína e até sequenciamento de DNA. Nesse caso, a identificação é realizada em ambientes controlados como laboratórios ou case (casa) de vegetação.
O ponto principal é escolher a cultivar com base na produtividade e estabilidade, ou seja, que mostrem um comportamento previsível em função do estímulo do ambiente em que elas serão plantadas. Depois disso, deve-se levar em conta a informação de cada lavoura e suas especificidades, principalmente o histórico de pragas e doenças. Esse comparativo determinará qual a necessidade para aquela determinada área.
A escolha também deve considerar a altura que a cultivar adquire em determinada época, região e sob determinada população de plantas. Além disso, o produtor deve se atentar a:
– Adaptação da cultivar às condições de solo e clima
– Ciclo da cultivar
– Se a cultivar é convencional ou transgênica
Definir a época e o sistema de plantio são passos que te ajudam a encontrar a variedade adequada. Há cultivo de inverno ou milho safrinha, por exemplo? Nesse sentido, a escolha de uma variedade precoce dá melhor sincronia à sequência. Por outro lado, variedades com ciclo maior podem fornecer melhor produtividade ao sistema.
Daí em diante, o produtor deve garantir qualidade ao produto escolhido, ou seja, que a marca apresente qualidade das sementes do ponto de vista de vigor. A qualidade reflete, por exemplo, na emergência de plantas bem enfolhadas, que captam luz e otimizam a fotossíntese. Também geram raízes mais profundas, que possibilitam melhor absorção de água e nutrientes. Existem sementes “piratas”, por isso todo cuidado é pouco.
Em função do fotoperíodo e outras características fitotécnicas, a adaptabilidade é um ponto fundamental para embasar a escolha da variedade. O Ministério da Agricultura baixa uma portaria de zoneamento agrícola de risco climático, por estado, a cada ano agrícola, para apresentar as cultivares registradas e mais indicadas. Confira aqui. O agricultor deve sempre também se manter informado e participar de dias de campo e encontros técnicos.
Plantar a soja com cultivares de diferentes ciclos pode ajudar os produtores a minimizarem os riscos como os dos efeitos climáticos. Isso porque ao praticar essa estratégia você diversifica as fases de florescimento, enchimento de grãos e maturidade.
A procura por cultivares precoces aumentou, entre outros fatores, pela intensificação dos sistemas de produção, com aumento considerável de área cultivada de segunda safra, principalmente com a cultura do milho, e a ocorrência mais frequente da ferrugem-asiática nas diversas regiões do país.
Atualmente, o mercado poderá exigir que a soja não seja transgênica. Essa informação, é um direito do consumidor. Naturalmente, o produtor terá, também, que fazer esta escolha. Independentemente de posições ideológicas, o produtor poderá usar critérios técnicos: geralmente as transgênicas tendem a baixar o custo de produção e produzir mais, mas é possível conseguir preços maiores para a soja não modificada geneticamente.
Existem variedades de soja transgênica resistentes ao herbicida glifosato (RR) e outras apresentam produção de substâncias com ação inseticida para o controle das lagartas. Novos materiais já apresentam tolerância à outros herbicidas, para que ocorra a diversificação de princípios ativos no controle das plantas concorrentes e não haja desenvolvimento de resistência aos compostos químicos, como aconteceu com a buva e o capim amargoso.
O projeto, coordenado pela Embrapa junto com a multinacional BASF, criou a primeira soja transgênica do país capaz de controlar a buva e o amargoso, as invasoras mais problemáticas para a cultura. A Cultivance apresenta resistência aos herbicidas do grupo das imidazolinonas.
Deve-se também garantir que a cultivar apresente resistência a pragas e doenças como estratégia de manejo integrado fitossanitário.
Para a fixação biológica de nitrogênio, as sementes precisam ser inoculadas com produtos que garantam cerca de 5 bilhões de bactérias por mL, usualmente, com o gênero Bradyrhizobium. São usados 100 mL para 50 kg de sementes, não sendo necessária aplicação adicional de nitrogênio no plantio ou em cobertura.
Neste artigo, abordamos alguns passos para a escolha das sementes a serem utilizadas e alguns aspectos do planejamento do plantio. O ideal é evoluir na produtividade, com qualidade e preservação ambiental.
Esse texto contou com a colaboração de Marihus Altoé Baldotto – Professor da Universidade Federal de Viçosa
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