Preparando o solo para aumentar a produtividade da soja
Preparando o solo para aumentar a produtividade da soja Preparando o solo para aumentar a produtividade da soja Preparando o solo para aumentar a produtividade da soja Preparando o solo para aumentar a produtividade da soja

Preparando o solo para aumentar a produtividade da soja

4 min de leitura

A soja é uma leguminosa de ciclo anual (90-150 dias), e a melhor escolha da cultivar dependerá de sua adaptação ao fotoperíodo (coordenadas geográficas), época de semeadura, fertilidade do solo, sistema de produção/rotação (soja-soja, soja-milho, cana-soja, pastagem-soja, etc.), finalidade de […]

por Syngenta Digital
Preparando o solo para aumentar a produtividade da soja Voltar
Preparando o solo para aumentar a produtividade da soja
Produzindo mais - Proteção dos cafezais

A soja é uma leguminosa de ciclo anual (90-150 dias), e a melhor escolha da cultivar dependerá de sua adaptação ao fotoperíodo (coordenadas geográficas), época de semeadura, fertilidade do solo, sistema de produção/rotação (soja-soja, soja-milho, cana-soja, pastagem-soja, etc.), finalidade de consumo dos grãos etc.

De forma geral, as cultivares que apresentam florescimento com pelo menos 40 dias de idade e plantas com estatura final no estádio de maturação acima de 60 cm, podem ser semeadas desde outubro até dezembro.

A distância entre as linhas de semeadura deverá ser planejada para se adequar à regulagem das semeadoras e ao manejo da cultura.

A densidade de sementes com viabilidade superior a 70% na linha de semeadura deverá variar de 15 a 20 sementes, implicando num consumo aproximado de 50 a 80 kg/ha, dependendo do tamanho médio das sementes (peso de 1.000 sementes).

Preparo do solo e manejo da cultura

Considerando a análise do solo, é recomendado aplicar calcário para elevar a saturação. Mas o produtor deve ficar atento, pois a ciência mostra que a soja responde à relação Ca: Mg ampla, de 20: 1. Existe, assim, a possibilidade de escolha de calcário calcítico, mas deve-se observar se a relação não se tornará larga demais ao longo do tempo, desequilibrando a melhor proporção.

Para um bom preparo do plantio, também é fundamental efetuar a inoculação das sementes com bactérias fixadoras de N. Elas devem ser específicas da soja e de boa qualidade, assegurada pela origem, prazo de validade e conservação em temperaturas adequadas.

Com base na análise do solo e na produtividade esperada, o produtor deve ainda determinar as doses de fertilizantes para suprir os macronutrientes e micronutrientes e monitorar bem em torno do valor pH 6. Acima disso, há alta probabilidade de deficiência de Mn, entre outros.

Fósforo

Todo o fósforo deve ser aplicado no fundo do sulco, no plantio. A mistura de fertilizantes mais e menos solúveis (superfosfatos e fosfatos de rocha) tem sido proposta, mas o uso de superfosfatos garantem produtividades elevadas, enquanto o uso isolado de fosfatos de rocha tendem nao serem eficientes, limitando a generalização da prática de fosfatagem para os cultivos convencionais.

Obviamente, para sojas especiais, como produção direta de gêneros alimentícios, tais como leite, queijos, etc, seria melhor dimensionado o uso de fosfatos naturais em cultivo orgânico, o qual torna-se difícil para a soja produzida em larga escala, que é melhor operacionalizada com fontes minerais de fertilizantes. Portanto, uso de fosfato de rocha nacional seria recomendável para o nicho de mercado específico, orgânico.

Nutrientes

A fertilização com K é melhor aproveitada se dividida ao menos em duas aplicações ao invés de toda no plantio. Sugere-se aplicar a segunda metade aos 30 dias após a germinação.

A utilização de fontes formuladas que não contenham S em sua composição (e.g., 0-30-15 ou similares), poderá resultar, ao longo do tempo, em baixa disponibilidade deste macronutriente. Como não é um nutriente avaliado na análise de solo de rotina, vale enaltecer a importância de seu monitoramento, tanto com relação aos sintomas de deficiência mais clássicos (amarelecimento de folhas jovens – de cima para baixo), como pela solicitação ao laboratório de sua inclusão na análise do solo e diagnose nutricional via foliar, coletando-se a terceira folha a partir do ápice na haste principal, com pecíolo, na ocasião do florescimento.

Com o uso de soperfosfato simples, a deficiência de S não é preocupação. Além disso, o superfosfato simples possui gesso agrícola em sua composição. Esse fato dá a ele a propriedade de condicionador da subsuperfície do solo, melhorando o ambiente radicular das culturas naquelas regiões onde a chegada do gesso agrícola é onerosa.

Primeiros cuidados após plantio

Os primeiros 30 dias após a emergência das plantas são muito importantes. Deve ser minimizada a ação de competidores, com manejo integrado da fertilidade do solo e de  pragas, doenças e plantas concorrentes, visando preservar ao máximo a população dos inimigos (na verdade amigos!) naturais das pragas.

Desfolhas nesses primeiros 30 dias comprometem significamente a produtividade. Após todas as etapas culturais, biológicas, ou seja, todas as práticas mais ecológicas possíveis, se, ainda assim, for necessário o controle químico, a escolha dos agrotóxicos e sua aplicação deverá ser orientada por profissionais treinados e competentes para assistência técnica.

A soja atinge o ponto de maturação para colheita quando ocorre a senescência e a queda das folhas. Estando as vagens e sementes já secas. É importante colher os grãos, mas manter a palhada sobre o solo, para efetivar o sistema plantio direto, como abordamos nos outros textos desta série especial.

Por Marihus Altoé Baldotto e Lílian Estrela Borges Baldotto – Professores da Universidade Federal de Viçosa

Este é o segundo artigo da série “Produzindo Mais”. Leia outros artigos aqui. 

Leia mais da categoria:

Produzindo +

Determinando a qualidade do café

A determinação da qualidade do café brasileiro compreende duas fases distintas de classificação: por tipos ou defeitos e pela bebida. Os cafés são, ainda, classificados por peneira, cor, torração e descrição. A classificação por tipos ou defeitos dos grãos envolve […]

Leia na íntegra

5 formas de controle das plantas daninhas

Em nosso último artigo falamos sobre as plantas daninhas, ou concorrentes, que atacam também as lavouras de café. Cada cultura tolera conviver com determinada população de plantas concorrentes sem que um nível de dano econômico seja atingido. A partir deste […]

Leia na íntegra
Cafézinho no Produzindo+

Etapas para produção de um café de qualidade

Quando se deseja produzir café dentro dos padrões de qualidade, em primeiro lugar, deve-se avaliar o clima  – temperatura, deficit hídrico, geadas, etc. Quando ele é analisado em conjunto com os atributos de solo, gera o conhecimento das condições edafoclimáticas, […]

Leia na íntegra