Por Marihus Altoé Baldotto O uso inadequado do solo tem levado à sua degradação. Do ponto de vista físico, a compactação e a erosão do solo são os problemas mais expressivos que a nossa agropecuária enfrenta e deverá enfrentar. A […]
Por Marihus Altoé Baldotto
O uso inadequado do solo tem levado à sua degradação. Do ponto de vista físico, a compactação e a erosão do solo são os problemas mais expressivos que a nossa agropecuária enfrenta e deverá enfrentar.
A adoção dos sistema de plantio direto na palhada e os sistemas agroflorestais (integração lavoura, pecuária e florestas), são as formas de manejo que além de sequestrar carbono e minimizar as limitações químicas, condicionam melhor agregação do solo e diminuição dos processos físicos que assolam os sistemas convencionais excessivamente mecanizados, limitando a boa ambiência radicular.
O primeiro passo para garantir a qualidade do sistema radicular é a escolha da área em sintonia com as necessidades da cultura, ou seja, verificar as exigências de aeração e ou umidade, normalmente inversamente proporcionais. Impedimentos químicos e físicos, são comuns em classes de solos brasileiras, trazendo limitações para a rizosfera.
Geralmente, há presença de acidez, íons alumínio tóxicos, baixa disponibilidade de nutrientes no subsolo. Além da correção na camada superficial do solo – por meio da calagem -, as plantas de sistemas radiculares mais profundos têm tido um ambiente condicionado com gesso agrícola (prática da gessagem), insumo coproduto da produção de fertilizantes fosfatados, que melhora a fertilidade das camadas mais íntimas do solo, fortalecendo o crescimento da raízes, melhorando a exploração por água e nutrientes.
Um sistema radicular bem formado é imprescindível para lavouras produtivas, melhorando a absorção de água e de nutrientes, bem como garantindo maior tolerância à competidores, pragas, doenças e condições adversas. No entanto, alguns solos possuem coesão natural das camadas subsuperficiais.
Durante as operações agrícolas no sistema de cultivo, o solo pode sofrer uma sequência de ações de compactação e descompactação. Esses processos poderão agravar ou promover a desagregação da estrutura e a compactação do solo.
O empobrecimento da estrutura do solo, com desagregação e desprendimento das partículas, facilita o seu arrastamento pela água da chuva, acelerando o processo de erosão. Resistência à penetração das raízes e implementos, limitam a produtividade.
O inadequado dimensionamento do preparo do solo pode aumentar a erosão, sobretudo se o terreno permanecer descoberto no período de maior intensidade de chuvas, agravando-se com aumento da declividade.
As causas e as consequências da erosão são motivos preocupantes para a agropecuária deste novo milênio, devendo a tecnologia ser apropriada para os nossos solos tropicais, respeitando a busca contínua dos cientistas do solo por práticas conservacionistas, sempre planejando o uso do solo em convergência com o resultado de levantamento de solos para alocação de sua capacidade de uso dentro de correta aptidão agrícola.
Outro problema causado pelo uso excessivo e inadequado da mecanização do solo é a compactação de camadas subsuperficiais, conhecida como “pé-de-arado” ou “pé-de-grade”. Alguns solos podem apresentar camadas coesas naturalmente, decorrentes de seu processo de gênese. Contudo, a maior parte dos problemas têm surgido pela atividade antrópica.
As camadas, compactadas, tendem a aumentar a erosão, pois dificultam a infiltração da água da chuva, resultando em aumento do escorrimento superficial, que arrasta consigo as partículas do solo, as quais podem, ainda, ter seu desprendimento/desagregação agravado pelo mau manejo.
É importante, também, atentar para as condições de umidade do terreno antes do preparo. O ponto de umidade ideal é aquele em que o trator opera com o mínimo esforço, produzindo os melhores resultados na execução do serviço. Com o solo muito úmido, os problemas de compactação aumentam. A terra (barro) fica retida nos implementos, chegando a impedir a operação.
Em solo muito seco, é preciso passar a grade várias vezes para quebrar os torrões, o que exige maior consumo de combustível. Com isso, o custo de produção aumenta e o solo perde a estrutura.
O maquinário deve ser adequadamente dimensionado para a execução das operações, de acordo com o equipamento utilizado. Teor de argila, umidade do solo e profundidade de preparo desejada são variáveis chave para bom dimensionamento do maquinário e dos implementos.
Esse é o terceiro texto do artigo Manejo Integrado da Fertilidade do Solo.
Para ler a continuação, acesse: O preparo profundo do solo como alternativa para aumentar a produtividade
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