Se você está sofrendo com degradação do solo, saiba como evitar esse problema nas suas terras. Confira!
A degradação do solo preocupa os produtores, não só pelo problema que traz à produtividade, mas também pelos impactos ambientais atrelados. Além disso, é importante destacar que as causas são variadas, desde atividades humanas até processos naturais.
Dessa forma, as consequências acabam comprometendo no geral a fertilidade do solo e, dependendo do nível, pode até torná-lo improdutivo.
Quer saber como evitar esse problema? Neste conteúdo, você confere os principais tipos de degradação e, também, quais as melhores maneiras de recuperar a área. Antes, porém, vamos contextualizar sobre o que é a degradação do solo! Vamos lá?
O processo de degradação do solo está ligado à destruição do mesmo. Um solo nessas condições pode sofrer com a perda de nutrientes e também de sua estrutura. Além disso, acaba ficando mais propenso à salinização, bem como, a redução da sua matéria orgânica e permeabilidade.
Com isso, todos esses problemas são provocados por fatores de ordem química, física e biológica, o que leva ao esgotamento da área. Dessa forma, desencadeando uma série de problemas, como:
Existem diferentes causas para a degradação do solo, porém, há três em específico que se destacam: queimadas, desmatamento e ações do homem. A vegetação é de suma importância para que o solo fique protegido e os nutrientes continuem a circular nele. Quando há ausência dela, a terra fica desprotegida.
No entanto, é preciso deixar claro que nem sempre a ação do homem é a única que causa a degradação. Existem condições climáticas, além dos próprios fenômenos naturais, como chuvas ácidas, podem resultar no problema.
Quando se trata da atividade agrícola, a degradação do solo pode acontecer de diferentes formas. Abaixo, você confere as principais formas desse processo de destruição!
O processo de erosão é o mais comum e visível, sendo considerado como o principal fator de degradação. Geralmente, as suas causas estão na ruptura e transporte de sedimentos, devido à ação de agentes externos, como o vento e as chuvas.
A ação humana também pode impulsionar o processo, como:
Esses fatores podem causar ainda mais a erosão. Além disso, quando ocorre em áreas próximas aos morros e montanhas, pode provocar deslizamento de terra.
Com isso, quando acontece a perda da camada de vegetação, acaba diminuindo o potencial produtivo do solo, levando a perdas na produção agrícola.
A lixiviação do solo é um processo erosivo causado por uma lavagem da camada superficial do solo, devido ao escorrimento de águas superficiais. Ela costuma acontecer em locais sem a cobertura vegetal, onde, com o tempo, diminui drasticamente a fertilidade.
É comum que a situação aconteça em solos de regiões tropicais e equatoriais, pois nelas, costumam ter chuvas mais abundantes e intensas. Dessa maneira, a água “lava” os solos, carregando suas partículas mais finas (argila e silte), a matéria orgânica e os nutrientes disponíveis nele, o que causa o seu empobrecimento.
A compactação está ligada pelo aumento da densidade do solo e perda da porosidade. Alguns dos motivos pelos quais isso acontece, é:
Geralmente, a compactação também está atrelada à impermeabilidade do solo, o que leva ao impedimento da penetração não só da água, mas também dos nutrientes, causando a infertilidade. Todo esse cenário leva a alteração física e química do terreno, uma influência negativa no crescimento, bem como desenvolvimento das plantas ali presentes.
A salinização costuma acontecer nas regiões áridas e semiáridas, sendo caracterizada pela concentração de sais e rápida evaporação da água presente no solo, devido a altas temperaturas e baixos índices de precipitação.
Apesar de ser considerado um processo natural, a baixa eficácia da irrigação, com água de má qualidade, e a drenagem insuficiente fazem com que o processo seja acelerado.
A laterização é um processo, no qual o solo acumula uma grande quantidade dos chamados óxidos hidratados de ferro ou alumínio. Isso faz com que a sua coloração e composição mudem. É muito comum que locais com essas características tenham solo na cor ferrugem, causados pelo intemperismo químico.
Cabe destacar que a laterização leva o solo a se tornar ácido e ter uma redução significativa da matéria orgânica.
Por sua vez, a desertificação está relacionada pela seca excessiva do solo e rápida perda de nutrientes. Ela costuma acontecer em regiões nas quais há uma baixa incidência de chuvas, como aquelas de clima árido e semiárido. Com isso, ocasionando:
A acidificação é um tipo de degradação no qual há a diminuição do pH no solo e aumento da presença de alumínio tóxico. A acidez na terra limita então a produtividade de culturas, além de dificultar o crescimento da vegetação.
Além disso, a disponibilidade de nutrientes, que são cruciais para as plantas, é reduzida na acidificação, prejudicando os microrganismos que estão no solo.
Apesar de existirem diferentes tipos de degradação do solo, não é impossível encontrar soluções para evitar o problema. Abaixo, você confere as principais práticas para serem aplicadas na área degradada e aumentar a qualidade do solo!
Uma das principais soluções de combate à degradação é o plantio direto. Por meio dele, é possível garantir características físicas, químicas e biológicas do solo, através do manejo mínimo. Com isso, são mantidos os resíduos de culturas previamente cultivadas e esses atuarão como camada de proteção da superfície do solo.
Além do mínimo revolvimento, é preciso trabalhar com a manutenção da cobertura do solo e realizar a rotação de culturas, pois ambos fazem parte dos pilares do plantio direto.
O uso da adubação verde também é amplamente recomendado para áreas degradadas. A base dessa metodologia é usar determinadas plantas, que exercem a função de reciclar nutrientes já presentes no solo nas suas camadas mais profundas ou na atmosfera.
Um dos exemplos são as leguminosas, no qual ajudam a tornar a área mais fértil e produtiva.
O indicado é que sejam plantas com sistema radicular forte. A partir do momento que as raízes sofrem a decomposição, elas rompem com as barreiras físicas do solo, ajudando na descompactação.
A irrigação também tem um papel importante na recuperação de solos degradados. Especialmente em regiões de clima árido, é importante fazer o uso correto dos recursos hídricos e realizar a aplicação necessária de água no solo.
Dessa maneira, o solo da área em questão não sofre com a seca excessiva ou a falta de nutrientes, além de receber a quantidade de minerais na medida certa, ajudando a combater a salinização, por exemplo.
O sistema de rotação de culturas consiste em alternar anualmente as espécies de vegetais cultivadas em uma mesma área. Vale a pena escolher cultivos de plantas com raízes e necessidades distintas. Esse processo ajuda na:
A degradação do solo é um processo que pode acontecer de diferentes maneiras, levando à perda de produtividade de uma área de cultivo. Portanto, vale a pena conhecer bem as especificidades do local e utilizar o tratamento correto. Dessa forma, você consegue identificar soluções para esse problema, garantindo um excelente cultivo.
Gostou do conteúdo? Esperamos que sim! Nós, da Syngenta, nos preocupamos com o seu bem-estar e das suas terras. Por isso, sempre trazemos as melhores dicas! E agora que você tem as informações necessárias, que tal saber mais sobre o calcário no solo e de que maneira ele ajuda na produtividade na sua lavoura? Clique e confira!
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