O solo é o alicerce para a produção agrícola bem-sucedida e sustentável. É um recurso precioso que desempenha um papel fundamental no crescimento saudável das plantas, na retenção de água, na ciclagem de nutrientes e na promoção da biodiversidade. Entretanto, […]
O solo é o alicerce para a produção agrícola bem-sucedida e sustentável. É um recurso precioso que desempenha um papel fundamental no crescimento saudável das plantas, na retenção de água, na ciclagem de nutrientes e na promoção da biodiversidade.
Entretanto, ao longo do tempo, o solo pode sofrer degradação devido a práticas inadequadas de manejo, erosão, poluição e uso intensivo. A boa notícia é que existem diversas estratégias e técnicas que podem ser implementadas para melhorar a qualidade do solo, promovendo um ambiente propício ao desenvolvimento das plantas e aumentando a produtividade agrícola de forma sustentável.
Neste artigo, conversamos com os pesquisadores da Embrapa Solos, Fabiano Balieiro e Pedro Freitas, que explicam como manter o solo saudável e aumentar ainda mais a produtividade da sua lavoura. Vamos lá?
No período pré-plantio (e qualquer outro) é imprescindível que o solo esteja coberto com palhada de alguma cultura ou planta de cobertura pois o impacto de máquinas e implementos de semeio ou adubação serão amortecidos por esse “colchão” de matéria orgânica, assim como, gotas de chuva (comuns nessa época), que destroem os agregados do solo, são impedidas de atingir o solo diretamente.
Manter o solo coberto é a chave para manutenção da qualidade do solo, pois ele ainda reduz a temperatura do solo, mantém a umidade por mais tempo, assim como a atividade e a biomassa microbiana, essenciais para a ciclagem de nutrientes.
A manutenção da qualidade ou saúde do solo nunca é resultado de apenas um ano ou de uma safra. São necessários vários anos utilizando as práticas mais adequadas de manejo do solo para se atingir o padrão ideal de qualidade para um solo.
Esse tempo e as práticas a serem utilizadas depende das condições ambientais. Conhecer a gênese e a morfologia do solo e o relevo de cada zona de manejo (talhão) e o regime hídrico é essencial.
Várias ações podem prejudicar o solo, mas aquelas que perturbam a estrutura do solo são as que mais impactam a sua qualidade. Como o conceito de qualidade integra a capacidade do solo em prover bens e serviços sem comprometimento futuro de suas propriedades, manejar de forma conservacionista seus componentes físicos, químicos e biológicos é essencial dentro desse conceito.
Como a matéria orgânica do solo (viva ou morta) mantêm processos-chaves como a retenção de água e de nutrientes, a ciclagem de nutrientes, o fluxo de gases, dentre outras, qualquer prática que estimule o fluxo de CO2 (gás carbônico) deve ser evitado.
Assim, o revolvimento intensivo e desnecessário do solo, adubações exageradas, o uso do fogo e a exposição do solo privado de cobertura são práticas ou situações que prejudicam a qualidade do solo.
Nos trópicos, o aumento eficaz da fertilidade do solo deve se dar com aumento dos níveis dos nutrientes essenciais compatíveis com a demanda de cada cultura, mas em especialmente com o incremento da matéria orgânica do solo.
A fertilidade depende da capacidade de retenção de nutrientes do solo, expressa pela CTC (Capacidade de Troca Catiônica). Para solos tropicais, a CTC da matriz do solo é terrivelmente baixa e, o aumento da fertilidade depende do incremento de matéria orgânica no solo.
Para isso, a rotação de culturas e o plantio de culturas de cobertura entre as culturas econômicas são decisivos. O incremento de matéria orgânica no solo depende da manutenção da palhada dessas culturas na superfície e do crescimento de raízes.
O maior desafio talvez esteja no entendimento de que se trata de um “corpo” muito dependente do seu componente vivo – a atividade biológica do solo – e que a diversidade vegetal dentro do sistema de produção é essencial para manutenção da redundância funcional da microbiota do solo, da estrutura física e da saúde do solo.
Hoje, alguns sistemas de produção não têm aumento de produtividade apesar da elevada fertilidade química. O aumento da produtividade só é possível quando a calagem e adubação do solo é associada com a rotação e/ou consorciação de culturas e a introdução de culturas de cobertura – leguminosas ou gramíneas, corroborando com o que foi comentado anteriormente.
A periodicidade está relacionada com natureza do sistema de produção. Para sistemas com culturas anuais, as análises devem ser anuais, realizadas sempre no momento de planejamento da safra.
Sistemas de produção com a rotação de culturas, as análises podem ser realizadas antes da implantação da cultura considerada principal, mas nunca com periodicidade superior a dois anos, inclusive para pastagens plantadas.
Agora que você já conheceu algumas dicas para melhorar a qualidade do solo, que tal conferir nosso artigo sobre tipos de solo?
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