Você já ouviu falar sobre a adubação verde? É uma prática agrícola sustentável que tem ganhado destaque por seus benefícios ao meio ambiente e à produtividade do solo. Consiste em cultivar plantas específicas, chamadas de culturas de cobertura, após a […]
Você já ouviu falar sobre a adubação verde? É uma prática agrícola sustentável que tem ganhado destaque por seus benefícios ao meio ambiente e à produtividade do solo. Consiste em cultivar plantas específicas, chamadas de culturas de cobertura, após a colheita da cultura principal. Essas plantas capturam nutrientes, melhoram a estrutura do solo e reduzem o uso de fertilizantes químicos.
Essa abordagem proporciona vantagens significativas para os agricultores, incluindo economia de custos e menor risco de contaminação do solo e águas subterrâneas.
Além disso, contribui para a resistência das culturas a doenças e pragas, potencializando a produtividade e a qualidade dos alimentos. No contexto ambiental, a adubação verde ajuda a reduzir a erosão do solo, mitigar a emissão de gases de efeito estufa e contribui para o sequestro de carbono, desempenhando um papel essencial na luta contra as mudanças climáticas.
Por mais que pareça complicada a princípio, você verá com o passar do tempo quantos benefícios você poderá obter com o seu uso. Quer saber mais sobre a adubação verde, tipos de plantas que podem ser utilizados no processo e muito mais? Continue lendo!
A adubação verde consiste em uma técnica agrícola que visa promover a reciclagem de nutrientes do solo por meio do plantio de espécies específicas de plantas, especialmente aquelas que pertencem às famílias das leguminosas e gramíneas. O objetivo é tornar o solo mais fértil, mas também promover a recuperação de áreas degradadas e conservar aquelas que já são produtivas.
A adubação acontece pela utilização de material orgânico não decomposto das plantas cultivadas, como restos de folhas, galhos, entre outros.
Eles são obtidos por meio do corte das plantas, assim elas são deixadas no terreno como uma espécie de cobertura morta. O seu uso é amplamente difundido na rotação de culturas, mas também em consórcio com outras espécies, criando uma etapa antes de um plantio direto.
Existem várias opções de plantas para serem utilizadas como culturas de cobertura na adubação verde, e a escolha depende de diversos fatores, como o tipo de solo, o clima da região, a finalidade do plantio e os objetivos específicos do agricultor. Algumas das plantas mais comuns e recomendadas para adubação verde incluem:
A adubação verde ajuda no aumento dos níveis de nutrientes para as culturas plantadas. Por exemplo, o adubo verde fruto de leguminosas colabora com o processo de fixar o nitrogênio do ar e levá-lo para o solo, onde o nutriente contribui para o crescimento saudável das vegetações que virão.
Mas não é só isso. Dependendo da sua origem, o adubo verde é capaz de fornecer minerais como potássio, cálcio e ferro. Além disso, aumenta a matéria orgânica presente no local, contribuindo diretamente com a fertilidade do solo. Consequentemente, é possível ter uma melhora geral nas suas propriedades tanto biológicas quanto físicas e químicas.
Cabe destacar também que o uso desse tipo de procedimento é uma maneira mais viável de amenizar os impactos da agricultura, o que traria maior sustentabilidade à produção e evitaria a degradação do solo.
A prática da adubação verde é capaz de trazer inúmeras vantagens ao produtor. Confira quais são as principais a seguir!
A adubação verde é uma prática essencial para que o solo funcione como uma espécie de esponja, visto que a porosidade aumenta devido ao crescimento radicular das espécies utilizadas. É isso que fará com que ele absorva melhor a água, que é fundamental no transporte de nutrientes, mas também no desenvolvimento das plantas.
Consequentemente, isso resultará em maior resistência da sua próxima cultura, mesmo em períodos de estiagem.
Problemas como lixiviação e erosão poderão ser combatidos com a adubação verde sendo utilizada. Isso porque ela auxilia na manutenção das propriedades tanto físicas, quanto químicas e biológicas do solo.
Dependendo da planta que for utilizada no processo, pode existir inclusive uma maior produtividade da cultura quando comparada com áreas onde não há a cobertura pela adubação verde.
A reciclagem de nutrientes é uma transferência contínua de nutrientes do solo para as plantas, e destas para o solo. A adubação verde favorece esse processo, tendo em vista que as plantas têm maior capacidade de absorver os nutrientes do solo, utilizando-os para o seu crescimento e produtividade.
Por sua vez, as partes das plantas que voltam para o solo, como folhas mortas, galhos, raízes, formam uma espécie de biomassa, que se decompõe e libera nutrientes. Com isso, os nutrientes são absorvidos pelas plantas novamente.
As gramíneas, como o tifton 85 e o milheto têm por característica uma decomposição mais lenta e com isso oferecem ao solo uma cobertura residual mais estável. Essas plantas são capazes de reciclar todos os nutrientes do solo, além de reter água.
Caso o solo tenha excesso de nitrogênio, as gramíneas atuarão para restabelecer o equilíbrio dos nutrientes no local. Inclusive, as gramíneas como a aveia-branca também são indicadas para o manejo de podridão radicular e também mofo-branco. Ou seja, não só ajuda no solo, mas também no combate a pragas e doenças agrícolas.
O uso de leguminosas como adubação verde também é uma excelente alternativa. Isso porque essas plantas são responsáveis pelo aumento dos teores de matéria orgânica, levando a uma melhora geral na fertilidade do solo.
As leguminosas conseguem aumentar a disponibilidade de nutrientes para as plantas que virão, ajudando para que elas tenham um alto potencial de produção. A crotalária é uma das principais representantes do grupo junto da soja-perene e do feijão-de-porco, como vimos anteriormente.
Os custos de implementação da adubação verde variam conforme a espécie a ser cultivada e o nível de produtividade em que se encontra o solo. Quanto mais degradado, maiores serão as necessidades nutricionais.
De maneira geral, o custo pode ser dissolvido no seu custo de produção, tendo em vista as vantagens que a adubação oferece. Mas é preciso considerar um planejamento cuidadoso para conhecer os reais valores, só assim será possível definir exatamente quanto cada etapa custará e quais vantagens elas gerarão.
A adubação verde é considerada uma prática sustentável, que traz mais produtividade à plantação sem interferir no meio ambiente. Ela promove um equilíbrio de insetos e doenças, reduzindo o uso de agroquímicos e adubos químicos.
Ou seja, não melhora só a fertilidade do solo, mas também contribui para a conservação dos recursos naturais presentes, tornando o processo mais independente e econômico para o produtor. É o mesmo que acontece com outras técnicas como a utilização de calcário no solo, focadas em obter o máximo de aproveitamento da cultura.
Em resumo, o mais importante quando se trata da adubação verde é escolher as espécies adequadas para cada clima e tipo de solo. No geral, ela gera bons resultados, como visto ao longo do artigo. Para que ela possa de fato ajudar na produtividade da sua cultura, é preciso aplicá-la da maneira correta, levando sempre em consideração as necessidades da área.
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