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Inovações na Gestão Agrícola

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A agricultura é uma das mais antigas atividades humanas, talvez a mais antiga relacionada à subsistência da espécie. Dos antigos egípcios às margens do Nilo, até os mais avançados produtores atuais, o modelo de gestão no campo tem uma semelhança […]

por Syngenta Digital
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A agricultura é uma das mais antigas atividades humanas, talvez a mais antiga relacionada à subsistência da espécie. Dos antigos egípcios às margens do Nilo, até os mais avançados produtores atuais, o modelo de gestão no campo tem uma semelhança marcante: estruturas altamente hierarquizadas, com notáveis cadeias de comando e controle, baseadas na confiança e nos históricos de resultado.

Uma fazenda é uma estrutura tão grande em relação aos trabalhadores, que se torna quase impossível acompanhar as atividades feitas em tempo real sem o auxílio de alguma ferramenta de comunicação e agregação de dados. No modelo tradicional, as atividades a serem realizadas em campo são delegadas aos funcionários, que as executam à medida que o tempo passa, com baixo acompanhamento metodológico, e dadas como feitas ao fim de cada safra, com um precário controle periódico.

Diferentemente de nossos ancestrais dos Campos Férteis, o mundo atual reflete uma busca feroz pelo controle de custos e gastos, e o domínio de cada etapa do processo produtivo se tornou imprescindível – aspecto no qual a metodologia tradicional de gestão no campo é completamente ineficiente. Novos modelos, baseados num acompanhamento com maior periodicidade, marcado pelo controle de sucesso de menores entregas, seriam opções com melhor retorno imediato.

Quando se fala em inovação, é quase automático que se pense em tecnologia. E é do ambiente de desenvolvimento tecnológico que surgiu uma forma de gestão muito útil também ao produtor rural atual: o Scrum, metodologia de controle de tarefas e acompanhamento de entregas que garante o sucesso de cada etapa do processo, baseada no report diário dos funcionários e caracterizada pelo grande envolvimento dos níveis mais altos para a definição DO QUE e COMO as tarefas devem ser realizadas.

Como metodologia, o Scrum apresenta três personagens principais:

  • o Product Owner, responsável por listar tudo o que precisa ser realizado, definir os requisitos de cada tarefa e priorizar atividades, é quem tem a visão estratégica do negócio;
  • o Scrum Master, responsável por garantir o foco da equipe de trabalho, reforçando e organizando todo o pessoal para que sejam respeitadas as metodologias definidas para cada tarefa. Ele geralmente não tem papel de liderança formal sobre os times de trabalho, mas serve como facilitador e orientador;
  • o Time Scrum, equipe multidisciplinar responsável por executar as tarefas definidas pelo Product Owner sob a orientação do Scrum Master.

Apesar de ter surgido num ambiente de programadores, essa metodologia pode ser de enorme valia no campo. A grande marca desse modelo de gestão são as reuniões diárias de alinhamento de atividades e entrega de pequenos resultados, definidos numa lista de fazeres denominada Sprint. A proposta é que, no campo, as grandes tarefas sejam divididas em pequenas atividades, com controle diário de evolução, para que seja possível uma melhor gestão de recursos.

É fácil exemplificar como isso pode trazer ganhos ao produtor. Imaginemos uma grande fazenda de algodão, onde o Bicudo (Anthonomus grandis) seja uma real ameaça e esteja sendo monitorado pela equipe de campo. Geralmente, os pragueiros vão a campo com planilhas, observam a incidência da praga e fazem os registros. Após um dia exaustivo de campo, eles se reúnem para compilar os dados e apresentar ao gerente ou agrônomo, que provavelmente só irá trabalhar com essas informações precárias no dia seguinte. O produtor, mesmo, ainda não sabe dos resultados, e provavelmente não terá acesso a eles em tempo hábil de tomar uma decisão que lhe economizaria gastos. A qualidade das informações – e o tempo em que elas chegam – não favorecem a economia.

Por outro lado, pensemos em uma equipe de campo que se porte como uma equipe na metodologia Scrum: O proprietário ou o agrônomo responsável no papel do Product Owner, definiria a tarefa a ser realizada pelo time, bem como as prioridades e aspectos negociais envolvidos – no caso, o monitoramento do bicudo, por algum tempo pré-determinado, em determinadas áreas. O gerente da fazenda, no papel de Scrum Master, definiria a quantidade de pontos, o caminhamento a ser realizado, a frequência de realização dos mesmos e como se dará a observação da praga, com quais ferramentas; e o time de pragueiros, como Time Scrum, executaria os comandos dados.

A diferença é gritante: o primeiro time leva informações esparsas e sem confiabilidade. Pensemos que chegue um report, geralmente entregue um ou mais dias após as coletas, com as seguintes informações:

  1. Na fazenda “A”, nos talhões 1, 2, e 3, encontramos uma média de 3 bicudos por ponto amostral;
  2. Na fazenda “B”, nos talhões 5, 6, 7, 8, e 9, uma média de 6 bicudos por ponto amostral, e no talhão 10, 5 bicudos em todos os pontos;
  3. No pivô “C”, uma média de 3 bicudos por ponto amostral.

O Agrônomo ou o proprietário, com estas informações em mãos um ou mais dias após a coleta desses dados, não tem outra atitude a tomar senão ordenar: “Apliquem defensivo nestes talhões, afim de evitarmos a proliferação do bicudo”. E assim, percebemos que eles estão combatendo a praga com informações antigas, aplicando defensivo de forma agressiva e sem ter ideia da extensão dos danos na lavoura.

Consideremos agora uma equipe usando metodologia Scrum: Após o monitoramento da praga em campo, pela forma determinada pelo gerente da fazenda e utilizando uma ferramenta que concatene os dados de forma inteligente, como o Strider*, a equipe apresenta os dados ao Scrum Master designado assim que retorna de campo, se possível ainda no mesmo dia, da seguinte forma:

  1. Na fazenda “A”, nos talhões 1, 2, e 3, encontramos uma média de 3 bicudos por ponto amostral;
  2. Na fazenda “B”, nos talhões 5, 6, 7, 8, e 9, uma média de 6 bicudos por ponto amostral, e no talhão 10, 5 bicudos em todos os pontos;
  3. No pivô “C”, uma média de 3 bicudos por ponto amostral.

Notável a diferença, certo? Com a informação confiável, e em tempo hábil, o produtor pode mandar aplicar o defensivo apenas nos pontos de foco, com as devidas margens de segurança, e economizar bastante com a parcela de defensivos não gastos. Os clientes Strider que adotam esse tipo de comportamento reportam economias de até 15% em defensivos com o uso da ferramenta, sem falar que para os próximos monitoramentos (próxima parte do Sprint), a equipe pode ter um direcionamento diferenciado de acordo com o resultado apresentado no dia anterior, com maior eficácia.

O Scrum não apresenta uma mudança disruptiva para o produtor rural. É apenas uma metodologia que torna possível a otimização das atividades do campo, de fácil adaptação e grande retorno. As ferramentas para tornar sua adoção possível já existem. O que você, produtor, está esperando para inovar e ser mais lucrativo?

Paulo Vianna – Customer Success Manager

* A Strider agora é Syngenta Digital. A agtech mineira foi adquirida pela Syngenta em 2018, e a fusão foi concluída dois anos depois. A Syngenta Digital é parceira de milhares de produtores agrícolas pelo mundo por meio de tecnologias de gestão e tomada de decisão.

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