A temperatura média da Terra está 1,2 °C maior. Com termômetros batendo recordes todos os anos, a década de 2011-2020 foi a mais quente já vista. Veja qual será o futuro da agricultura, na visão dos especialistas, e como as […]
A temperatura média da Terra está 1,2 °C maior. Com termômetros batendo recordes todos os anos, a década de 2011-2020 foi a mais quente já vista. Veja qual será o futuro da agricultura, na visão dos especialistas, e como as mudanças climáticas vão definir as novas formas de cultivo.
Termômetros lá em cima, precipitações em baixa. As mudanças climáticas têm impacto direto na agricultura e, consequentemente, no bolso do produtor que vê a produtividade da sua lavoura diminuir.
Pra se ter uma ideia das consequências do tempo, estima-se que o produtor rural tenha perdido cerca de R$ 7,4 bilhões só em 2020. Essa mudança tem expressivo potencial de alterar a paisagem agrícola nas próximas décadas. A projeção foi baseada em estudos realizados pelo Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) sobre o aumento da temperatura global. Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Embrapa, no Brasil a mudança do clima poderá diminuir a área favorável aos cultivos de soja, café, milho, arroz, feijão e algodão.
Já para o setor de frutas (pera, maçã e uva) por não tolerarem o calor, os efeitos do aquecimento serão implacáveis, dizem os especialistas.
Toda plantação precisa de água, luz solar e calor adequados para se desenvolverem. A falta ou o excesso deles tira o sono de qualquer agricultor. Conheça alguns dos principais fatores de risco para a produção agrícola.
Regiões Sul e Sudeste sofrem mais com chuvas fortes. Enquanto no Nordeste, o problema a escassez dela. O aumento de chuvas e tempestades compromete o plantio, interrompendo o enchimento dos grãos, além de provocar erosão do solo fazendo com que ele perca alguns nutrientes. Culturas como arroz, trigo e cana de açúcar podem sofrem com alagamentos. Já o excesso de umidade também facilita o aparecimento de pragas e fungos. É sempre importante acompanhar a previsão climática, principalmente, no momento de adubar. Se chove bastante, por exemplo, a fixação de nitrogênio, por exemplo, fica comprometida.
Veranicos são dias de calor e insolação fortes, baixa umidade do ar em plena estação chuvosa ou no inverno. Nesse período, as culturas podem apresentar queda de produção por sofrerem interferência na fase do ciclo fenológico.
Longos períodos sem chuva ou com chuvas mal distribuídas, bem abaixo do necessário para a plantação. Como consequência temos uma reserva comprometida de água no subsolo. Em períodos de deficiência hídrica, o desenvolvimento das lavouras fica prejudicado, afetando a formação dos grãos e frutos.
O forte calor tem impacto significativo na produtividade. Apenas cinco por cento das áreas agrícolas no país são irrigadas. A maioria das propriedades depende da chuva. As temperaturas altas também queimam as pontas das folhas e das frutas e faz com que o solo seque rapidamente ficando sem umidade suficiente para que as plantas fechem o seu ciclo.
Especialistas já sugerem que os produtores comecem a se preparar para “um futuro de picos de variabilidade mais frequentes”. A afirmação vem do Gerente de Produtos da Climatempo, João Castro. E para minimizar os efeitos climáticos, é indispensável conhecer técnicas no campo, como a rotação de cultura e inserir a tecnologia.
João Castro aposta na tecnologia como aliada do produtor. Através dela, com coletas de dados, o agricultor consegue conhecer melhor os microclimas. “O produtor tem que conhecer melhor a variabilidade, fazer um mapeamento regionalizado na fazenda, com mais de uma estação, com sensores de temperatura e umidade”, pontua.
Com secas cada vez mais rigorosas e duradouras, João prevê um futuro em que “cada gota d’água vai ser importante”. “As escolhas serão baseadas em micro zoneamento, que potencializa o uso da terra. A coleta de dados mostra que as áreas têm padrões diferentes. Se você conhece melhor sua área, toma decisões melhores”, conclui.
Carlos Neto, acrescenta que o melhor caminho para manter um equilíbrio na parte climática é o foco na sustentabilidade. Para isso, diz, é necessário engajar os produtores. “Eles estão preocupados em produzir. A única forma de engajar é aumentando a produtividade. Acredito que seja o jeito prático para alcançar sustentabilidade e evitar algumas mudanças climáticas”, explica.
Carlos diz ainda que os agricultores são afetados pelas intempéries e precisam de mecanismo para saber se haverá chuva ou sol. O maior controle, segundo Carlos, é proporcionado por estações climáticas e maior conectividade, o que é “essencial para alcançar resultados e otimizar a operação de campo”.
O Head de Sales & CS da Syngenta, Celso Batistella, concorda e argumenta que o futuro da agricultura será de preocupação com a sustentabilidade: “Acredito num futuro cada vez mais preocupado com a segurança do alimento e do produtor e com a rentabilidade de toda a cadeia. Só vejo revolução nesse mercado, uma revolução que a gente ainda não saber o que é, mas que só trará benefícios”, finaliza.
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