A produção de algodão no mundo tem avançado, a previsão é que a safra de 2020/2021 coloque 118,87 milhões de fardos no mercado. Na mesma medida, os desafios aumentam. Grande parte deles se deve ao desenvolvimento das principais pragas do algodão. O […]
A produção de algodão no mundo tem avançado, a previsão é que a safra de 2020/2021 coloque 118,87 milhões de fardos no mercado. Na mesma medida, os desafios aumentam. Grande parte deles se deve ao desenvolvimento das principais pragas do algodão.
O algodão é uma cultura com um amplo espectro de pragas, sendo atingindo desde o solo até as suas folhas. Além de prejudicar a qualidade da fibra produzida, muitas delas provocam a morte da planta, o que representa um prejuízo ao produtor.
Neste artigo, você conhecerá mais sobre as especificidades das 5 principais pragas do algodão e como evitar que elas se espalhem. Confira!
Como evitar que as principais pragas do algodão seja disseminadas?
O bicudo-do-algodoeiro é uma das principais pragas do algodão. Ele é uma espécie de besouro pertencente à família dos curculionídeos, também conhecidos como gorgulhos. Entre as suas principais características estão a sua tonalidade cinza ou castanha e as mandíbulas afiadas. Essas últimas são usadas para perfurar o botão floral e maçã dos algodoeiros.
Em sua fase larval o bicudo tem o seu desenvolvimento no interior dos botões e maçãs do algodoeiro. Quando encontrado em sua forma adulta ele ataca flores abertas ou protegidas pelas brácteas. O bicudo ataca por meio das fêmeas, que depositam seus ovos nos botões florais e maçãs do algodão e faz uma cobertura de cera a fim de protegê-los. Apenas 2 dias depois, as brácteas, que são folhas modificadas que servem como proteção, ficam amareladas e se abrem, fazendo assim com que dias depois o botão floral caia.
O desenvolvimento larval acontece dentro desse botão, transformando-se assim no inseto adulto. O bicudo então se alimenta do pólen de plantas distintas durante a entressafra, até que o algodoeiro se desenvolva mais e ele possa atacá-lo.
Outra praga bastante nociva para o algodão é a chamada mosca-branca. Ela é reconhecida como um inseto sugador, que traz danos diretos e indiretos para a cultura desde a sua fase como larva. Existem várias espécies, mas a mais preocupante para a plantação é a Bemisia tabaci. O seu tamanho é de 1mm em média.
Voltando à questão dos ataques diretos e indiretos, o primeiro acontece quando a praga suga a seiva do algodão, fazendo assim com que as folhas jovens enrolem. Além do mais, nesse ataque ela forma uma espécie de substância açucarada, também conhecida como mela, que leva à queda das folhas da planta.
Quanto ao ataque indireto, a mosca-branca é responsável por uma série de vírus que atacam a plantação, como o geminivírus, luteovirus e outros. Ela é um vetor e pode causar danos graves como intensa clorose, enrolamento das folhas, entre outros.
A broca-da-raiz também é uma das principais pragas da cultura do algodoeiro. O adulto dessa praga é um besouro de cor pardo-escura que tem em torno de 5 mm de comprimento.
A fêmea é o principal vetor de ataque. Isso porque é ela quem abre a casca das plantas novas com a ajuda da sua mandíbula e bota o ovo no local. Esse ovo leva em torno de 10 dias para se desenvolver e, quando eclode, as larvas saem.
São as larvas da broca-da-raiz que se alimentam dos vasos lenhosos do algodão. Com isso, as galerias expandem em diâmetro e o desenvolvimento das larvas impede que a seiva bruta faça a sua circulação natural, levando assim à pausa no crescimento da planta que começa a definhar e perder suas folhas.
O pulgão do algodoeiro é um pequeno inseto de coloração que varia entre amarelo e verde escuro. Ele vive sob as folhas e também brotos novos do algodão. Sua atuação contempla desde a fase inicial de desenvolvimento da planta até o final do ciclo. Ou seja, ele ataca brotos, caule e maçãs. No entanto, preferem os tecidos mais novos.
Os ataques desta praga podem levar a perdas elevadas da lavoura. Assim como a broca-da-raiz, o pulgão suga a seiva do algodoeiro, além de causar o enrolamento de folhas, bem como a deformação dos brotos. Aliás, a sucção da seiva faz com que surja uma espécie de mela nas folhas, o que favorece a aparição da fumagina, que reduz a qualidade da fibra do algodão.
O percevejo-castanho-da-raiz é um inseto subterrâneo que ataca a raiz do algodoeiro, sugando a sua seiva. Enquanto jovem ele possui a cor branca e na idade adulta a sua tonalidade passa para um marrom-claro.
A sua identificação é feita prontamente devido ao cheiro desagradável que é exalado. O inseto adulto tem de 7 a 9 mm de comprimento, sendo que as suas patas anteriores têm adaptação para escavar.
Nos períodos mais secos a praga costuma se aprofundar no solo, retornando à superfície quando começa a época mais chuvosa. Por causar danos diretamente na raiz, é comum que as plantas jovens do algodoeiro fiquem amareladas e também murchas. Em muitos casos, essas plantas acabam morrendo, pois têm a sua absorção de nutrientes comprometida.
De acordo com a Embrapa, manter o baixo nível de insetos causadores das pragas no algodoeiro é um desafio para os produtores, mas é possível superá-los com a aplicação das práticas certas.
O mais indicado é realizar o Manejo Integrado de Pragas (MIP), que foca no uso de diferentes técnicas para reduzir as populações da praga e mantê-los em um nível abaixo daquele capaz de causar prejuízos econômicos. Para isso é necessário focar no controle biológico, cultural, genético, comportamental e químico.
Todos eles devem estar atrelados também ao monitoramento constante da lavoura, visto que é por meio dele que as táticas de controles podem ser usadas criteriosamente. Claro, que cada praga demandará um determinado tipo de controle principal e isso faz toda a diferença.
Por exemplo, a broca-da-raiz exige um preparo do solo com a aplicação de calcário que desfavorece a praga. Destruir restos culturais e eliminar plantas hospedeiras que estejam próximas como o quiabo e o hibisco também faz diferença no processo. Por sua vez, para controlar a mosca-branca, o controle químico nas bordaduras da lavoura é necessário e ajuda a reduzir a investida da praga.
A própria Embrapa ainda destaca a inexistência de técnicas capazes de, sozinhas, resolverem todos os problemas fitossanitários causados pelas principais pragas do algodão. Por isso, é tão importante destacar o manejo integrado, que é eficiente e ajuda a manter a produtividade da lavoura, como destacado ao longo do artigo.
Agora que você já entendeu melhor como cada uma das principais pragas atuam no algodoeiro, que tal continuar acompanhando os artigos que postamos? Nos siga nas redes sociais, Facebook, Instagram e YouTube!
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