Entre todas as atividades econômicas, a agricultura é aquela que mais sofre devido às variações climáticas, e mesmo com avanços tecnológicos capazes de diminuir impactos, a falta de planejamento é capaz de levar riscos à segurança econômica e alimentar em […]
Entre todas as atividades econômicas, a agricultura é aquela que mais sofre devido às variações climáticas, e mesmo com avanços tecnológicos capazes de diminuir impactos, a falta de planejamento é capaz de levar riscos à segurança econômica e alimentar em todo o mundo.
A cada dia que passa essas variações chamam mais a atenção dos produtores agrícolas devido às previsões nada otimistas para o futuro. Por isso, preparamos este post para ajudá-lo a entender um pouco mais sobre como esses problemas afetam o agronegócio e como o produtor rural pode se preparar para essa realidade.
Os períodos de neutralidade são, basicamente, aqueles períodos que não são acometidos por El Niño e La Niña.
Os períodos de neutralidade também devem ser observados, como foram vistos no Brasil em 2013 e 2014 de acordo com dados do NOAA.
Em anos assim, as variações climáticas acontecem de forma mais irregular. A chance de ocorrer um período chuvoso intercalado com períodos de tempo seco é grande, e isso aumenta a chance de frustrações em relação a produtividade das lavouras.
Um erro muito comum entre os grandes tomadores de decisão em relação ao clima é basear a produção do ano anterior com a produção do ano seguinte.
Muito dificilmente se terá resultados idênticos, e isso pode frustrar a vida do homem do campo.
O ano anterior (2017) começou neutro, e finalizou com um La Niña que acabou trazendo chuva mais forte para as regiões norte e nordeste e penalizou com seca a fronteira do Rio Grande do Sul com Uruguai.
Já no começo deste ano, o fenômeno La Niña apareceu novamente, porém, as previsões é que este fenômeno perca força até o fim do ano.
Como esses fenômenos afetam as culturas no Brasil e o mercado de commodities agrícolas?
A redução das chuvas no Centro-Sul penalizou a safra desse cultivo, o que também pôde ser sentido no aumento dos preços do etanol.
Já o fenômeno El Niño pode ser observado em dois momentos: redução da chuva na região nordeste e aumento da chuva na região sul.
Foi o que ocorreu em 2015, quando o nordeste sentiu a seca rigorosa e o Sul sofreu com chuvas incessantes.
Com isso ocorreram danos em diversas plantações no país, fazendo com que os preços de alguns produtos sofressem elevação, o que deixou os agricultores em alerta para as próximas safras.
As variações climáticas aumentam o custo da produção agrícola, eleva o custo dos insumos para o setor de alimentos, além de aumentar e diminuir os níveis de importação e exportação.
Em 2015, as chuvas no Sul foram intensas e frequentes, causando quebra na safra do trigo que se desenvolve melhor em climas mais secos. E para abastecer o mercado interno, o Brasil precisou aumentar as importações do cereal em 12%, segundo safras & mercado.
Já em 2017/2018, condições climáticas favoráveis levou o Brasil a aumentar os níveis de exportação da soja, de acordo com agência Reuters.
As condições em que se realizam os deslocamentos de produtos agrícolas estão sujeitas a perturbações e efeitos decorrentes das variações climáticas, como alagamentos e inundações. Em efeitos dessas variações, alguns destes eventos podem se tornar mais frequentes e severos, gerando possíveis perdas econômicas.
A chuva que costuma contribuir para a produção de soja e milho na região Centro-Oeste é a mesma que impede os caminhões de chegarem até os portos de Belém.
A BR-163, que une os estados do Mato Grosso e Pará e por onde transitam grande parte dos grãos produzidos na região Centro-Oeste, cada dia fica em condições mais deploráveis.
É importante entender como as variações climáticas influenciam a vida do produtor. Riscos sempre estarão presentes, mas não seria melhor se o produtor pudesse prevê-los de alguma forma? Se tivesse melhores informações sobre a chegada de geadas, secas ou granizo?
O gestor que entende o papel das variações climáticas consegue traçar as melhores estratégias para a sua produção agrícola.
Leia mais notícias sobre o clima no site da Somar Metereologia.
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