Sejam saúvas ou quenquéns, as formigas cortadeiras podem trazer grandes prejuízos aos cultivos. Por isso, controlar é preciso Não é exagero dizer que as formigas cortadeiras são uma das pragas agrícolas que mais tiram o sono do produtor. E isso […]
Sejam saúvas ou quenquéns, as formigas cortadeiras podem trazer grandes prejuízos aos cultivos. Por isso, controlar é preciso
Não é exagero dizer que as formigas cortadeiras são uma das pragas agrícolas que mais tiram o sono do produtor. E isso não acontece de hoje, não. Tanto que o pesquisador francês Yves Saint-Hilaire já chegou a dizer no século passado que, se o Brasil não acabasse com as formigas saúvas (uma das espécies de cortadeiras), elas é que acabariam com nosso país.
Mesmo que sejam importantes para a reciclagem dos nutrientes do solo, as formigas cortadeiras têm um poder de destruição que impressiona. Por isso, o controle é essencial. Neste artigo, trazemos mais detalhes para você. Siga com a gente!
A formiga cortadeira recebe este nome porque tem o poder de cortar folhas e ramos das plantas, levando-as à total destruição.
De acordo com relatos da Fapesp, um formigueiro de saúvas com três metros de profundidade causa um prejuízo anual média de três toneladas por hectare em uma plantação de cana-de-açúcar. Já um sauveiro adulto vai mais longe ainda, afinal, com cerca de seis anos de idade consegue ter um impacto negativo em uma área de 100 m2 e 7 metros de profundidade.
Dessa forma, elas trazem muita destruição às plantações e também ao reflorestamento quando estão em grande quantidade. Porém, não basta dar fim nas formigas cortadeiras, já que elas ajudam na nutrição do solo. Para manter um bom controle, trazemos os detalhes ainda neste artigo.
Antes de falar em controle, vale a pena entender mais sobre as espécies das cortadeiras, que inclui aí a formiga saúva.
Existem algumas espécies de cortadeiras, como Atta sexdens (conhecida pelos nomes de formiga-mandioca e saúva-limão), Atta laevigata (popuar saúva-cabeça-de-vidro) e Acromyrmex spp. (popularmente chamada de quenquém).
Como dissemos, fora de controle, elas causam severas desfolhas em mudas, ainda nos viveiros e em pomares em formação. Quando não controladas, após a transferência das mudas para o campo, retardam o desenvolvimento e podem provocar a morte de plantas, visto que seus formigueiros se estendem pelas plantações.
Os formigueiros podem ser constituídos por milhares de operárias, pela rainha, que realiza a postura dos ovos, e por indivíduos alados, classificados como os reprodutores.
As formigas cortadeiras ainda podem se dividir em alguns tipos de operários:
A seguir, você entende melhor sobre essas espécies.
Eis aí uma séria praga em sistemas agrícolas e florestais. Está presente em todo território nacional e tem ninhos grandes, formados por várias câmaras. Vale dizer que são insetos sociais, com várias castas.
Somente a rainha da saúva é que põe ovos e, assim, controla o número de soldados, cortadeiras e jardineiras de cada estação. A rainha escolhe o local para a nova colônia e, sozinha, inicia a escavação da primeira panela do formigueiro.
Os prejuízos causados pelas saúvas cortadeiras são preocupantes, pois atacam quase todas as culturas, causando desfolha principalmente em plantas jovens, sendo consideradas pragas secundárias em culturas estabelecidas. Em áreas de reflorestamento e pomares recém implantados, também são prejudiciais.
De acordo com a Embrapa, as operárias têm:
São formigas cortadeiras cujos formigueiros são pequenos e com poucos compartimentos (panelas). As operárias quenquéns variam de tamanho, mas ainda assim são menores que as saúvas.
Você pode reconhecê-las ao observar a grande quantidade de ciscos e palhas sobre as entradas dos formigueiros. Além disso, as quenquéns apresentam quatro ou mais pares de espinhos no tórax.
Segundo a Embrapa, elas são identificáveis, pois apresentam:
Para o combate às formigas cortadeiras, sejam elas saúvas ou quenquéns, uma boa opção são os químicos na forma de iscas granuladas. Porém, o manejo adequado dos plantios junto do monitoramento, melhora a eficiência do controle. Veja mais detalhes sobre essas boas práticas.
A movimentação do solo, nos locais dos formigueiros de quenquéns, é eficiente, visto que estamos diante de formigueiros mais superficiais. Mas ainda há outras possibilidades, como:
Trata-se da erradicação dos ninhos na área, o que é mais eficaz em pequenas áreas, especialmente no caso de ocorrência de quenquéns, cujas panelas são mais superficiais, como dissemos
No caso da formiga saúva, a técnica só vale ser usada até os três ou quatro meses seguintes do começo dos ninhos, uma vez que, nessa época, a rainha ainda se encontra em pequena profundidade (cerca de 20 cm abaixo do solo).
O controle químico é essencial para controlar as formigas cortadeiras, principalmente em ninhos mais antigos.
Em geral, as opções mais utilizadas são iscas tóxicas. Nesse caso, podemos falar nas opções de fipronil, sulfluramida, clorpirifós, feitas à base de bagaço de laranjas, óleos essenciais e cobre.
Elas devem ser colocadas próximas às bocas dos formigueiros e também junto dos carreiros. É o método de controle mais comum e eficiente, mas pede que o solo esteja seco.
Também existe a opção de termonebulização, que mata as formigas por contato e ingestão. Até as cortadeiras que não forem atingidas de forma direta pelo formicida acabam morrendo por se alimentarem do fungo contaminado pelo tratamento.
Vale dizer que a paralisação das atividades da colônia ocorre imediatamente, e a própria descarga do motor é responsável pela morte de boa parte das formigas.
Feito com bombas manuais ou motorizadas, a aplicação de pó apresenta menor eficiência de controle do que o uso de iscas ou de inseticida nebulizado. Isso se dá devido à estrutura complexa dos formigueiros maiores que podem ter centenas de “panelas” e estar situadas até 8 metros de profundidade no perfil do solo, dificultando que o pó atinja todas as formigas.
No caso das formigas cortadeiras, é necessário fazer um constante monitoramento da praga, garantindo que elas não vão causar mais nenhum estrago na plantação.
Texto escrito em parceria com o Grupo Controle Biológico em Doenças de Plantas da Universidade Federal de Lavras, pela aluna Carla Maria Cavalcanti Ribeiro, doutoranda em Fitopatologia/UFLA. A busca pela gestão da propriedade cafeeira considerando o manejo correto da lavoura, […]
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