A startup paulista CiaCamp trabalha em mais uma arma para combater as pragas que atacam os cítricos. A pesquisadora Simone Picchi, fundadora da startup, desenvolveu produtos que atuam no controle da clorose variegada dos citros (CVC) – mais conhecida como […]
A startup paulista CiaCamp trabalha em mais uma arma para combater as pragas que atacam os cítricos. A pesquisadora Simone Picchi, fundadora da startup, desenvolveu produtos que atuam no controle da clorose variegada dos citros (CVC) – mais conhecida como “amarelinho” -, do cancro cítrico e do greening (HLB).
Durante as pesquisas, Picchi estudou a molécula antioxidante chamada N-acetilcisteína (NAC), utilizada em xaropes mucolíticos usados para desobstruir as vias respiratórias em humanos. A pesquisa resultou no desenvolvimento de produtos que têm demonstrado eficiência no controle das pragas mais comuns na citricultura.
Durante os testes realizados em laboratório, a pesquisadora constatou que as plantas com CVC e sadias tratadas com os produtos à base de NAC ficaram mais saudáveis. As árvores ficaram mais abundantes em frutos e eles também ficaram maiores – em relação às plantas que não receberam o mesmo tratamento.
Uma das grandes vantagens da utilização da molécula no controle das pragas é que ela é de fácil degradação. Isso quer dizer menos impacto ambiental. O NAC também é uma molécula pequena, que pode ser absorvida facilmente e isso faz com que sua ação seja mais rápida.
A pesquisa
A ideia surgiu depois que a pesquisadora realizou um pós-doutorado na área de biofilme bacteriano em 2010 no Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Genômica de Citros (INCT Citros). Na época, sua supervisora, a pesquisadora Alessandra Alves de Souza, estudava a ação da molécula como possível alternativa de controle ao amarelinho.
Picchi começou a estudar a molécula como uma alternativa sustentável no manejo de doenças fitopatogênicas (bacterianas) que acometem a citricultura. Como resultado, as pesquisas resultaram em dois produtos à base de NAC. Um, desenvolvido para ser pulverizado e, o outro, para ser aplicado como fertilizante na raiz das plantas.
Logo depois, a pesquisadora licenciou a patente da aplicação da molécula para o controle de pragas agrícolas do Centro e fundou a startup. As pesquisas foram desenvolvidas com apoio do programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE) da FAPESP.
Simone Picchi espera continuar as pesquisas em campo neste ano para avaliar a dosagem necessária e o número de aplicações ideais para controlar as pragas. Ela pretende avaliar também os efeitos da molécula em outras 10 bactérias fitopatogênicas causadoras de doenças em culturas como o café, a soja e o tomate. Se tudo der certo, o produto deve chegar ao mercado ainda em 2018.
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