Nos últimos 25 anos a produção brasileira de soja triplicou. Os agricultores estudaram o cultivo, apostaram em tecnologias e novas estratégias de produção, conseguindo vencer o desafio de aumentar a produtividade na soja. De acordo com a Aprosoja Brasil, além das […]
Nos últimos 25 anos a produção brasileira de soja triplicou. Os agricultores estudaram o cultivo, apostaram em tecnologias e novas estratégias de produção, conseguindo vencer o desafio de aumentar a produtividade na soja.
De acordo com a Aprosoja Brasil, além das condições climáticas favoráveis, a alta produtividade na soja é fruto de uma série de investimentos, entre eles o emprego de técnicas como o plantio direto, manejo do solo, manejo integrado de pragas e em tecnologia para o melhoramento de plantas.
Como fruto de tanto investimento, o Brasil alcançou uma safra recorde de 295 milhões de toneladas de grãos. No entanto, a missão de produzir maior volume de soja, com sustentabilidade, sem expandir a área cultivada, continua a desafiar os agricultores.
Por isso, listamos alguns dos principais fatores que influenciam a produtividade na soja.
Plantio Direto
À medida em que as necessidades de melhor manejo e investimento em tecnologia para solo, sementes e defensivos vão surgindo, o agricultor brasileiro busca soluções que vão ao encontro da sustentabilidade. Neste contexto, o Sistema de Plantio Direto (SPD) torna-se um divisor de águas para a produtividade na soja.
O conceito de SPD defende que, após a colheita, a palhada deve permanecer intacta sobre o solo e vai se transformando em matéria orgânica, proporcionando mais qualidade ao solo e também, quando utilizado na rotação de culturas, auxiliando no manejo de pragas e doenças. Leia mais.
Fixação biológica de nitrogênio
A cultura da soja é altamente exigente em nitrogênio. Trabalhando com essa demanda, o pesquisador Luiz Gustavo Moretti, da Faculdade de Ciências Agronômicas (FCA) da Unesp, de Botucatu, descobriu uma maneira inédita de rentabilizar a produção da soja.
A técnica consiste em usar, em dois momentos, a fixação biológica de nitrogênio através da bactéria Bradyrhizobium japonicum. No primeiro momento, quando a soja é semeada, e, depois, de 50 a 70 dias, quando a planta já estiver desenvolvendo. Entenda mais.
Preparo profundo do solo
Pesquisas apontam que o preparo profundo do solo vem sendo abordado como uma alternativa para aumentar a produtividade na soja. A técnica propõe a resolução de problemas práticos importantes e tem como base a integração de diversas funções numa única operação na lavoura.
Ela deve ser planejada de forma integrada, levando em conta o manejo integrado: pragas, doenças, plantas concorrentes, fertilidade do solo, e outros.
Integração lavoura-pecuária-floresta
A integração lavoura-pecuária-floresta é um sistema de produção que integra os componentes agrícola, pecuário e florestal em rotação, consórcio ou sucessão, na mesma área. A diversidade das atividades econômicas nos sistemas em integração podem render mais lucros, assim como, reduzir custos e aumentar a produtividade.
Dados da Embrapa mostram que o aumento de 1% de matéria orgânica na camada superficial do solo pode aumentar a produtividade de soja em até 12 sacas / hectare em anos de seca. Para isso, o produtor deve realizar um bom manejo do solo, adotar o sistema plantio direto em sua plenitude, utilizar a sucessão, rotação e a consorciação de culturas, além das janelas de cultivo entre culturas comerciais.
Áreas de refúgio
As áreas de refúgio são uma das principais estratégias agrícolas na manutenção do equilíbrio ecológico, gerando maior produtividade na soja e qualidade nas lavouras. Elas são aplicadas em plantações transgênicas de milho, algodão e soja e que necessitam de uma porcentagem da área total plantada somente com plantas não transgênicas (para o caso da soja, recomenda-se no mínimo 20%).
Através das áreas de refúgio, pragas e insetos (como as lagartas, por exemplo) que trazem malefícios e minam a produtividade na soja e que são resistentes ao envenenamento aplicado, realizam o acasalamento com espécies suscetíveis, gerando seres sem resistência. Entenda!
Investimento em tecnologia e gerenciamento inteligente
O mercado de tecnologia para a agricultura disponibiliza hoje uma série de sistemas, softwares e soluções tecnológicas para otimizar os processos no campo e resolver problemas de produtividade na soja.
Para o professor de finanças empresariais da Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Aureliano Bressan, é fundamental que o produtor rural identifique quais os gargalos que impedem o aumento de sua produção e busque parcerias na implementação de um programa de desenvolvimento de novas tecnologias em sua lavoura. Clique e entenda.
Leia também: Pilares da alta produtividade: como produzir mais sem alterar a área de plantio?
Manejo de pragas, doenças e ervas daninhas
Pragas, doenças e ervas daninhas podem minar a produtividade na soja. Por isso, a Fazenda Iberê, localizada em Primavera do Leste, no Mato Grosso, investiu em ferramentas de monitoramento para lidar com esse problema. O investimento impactou a propriedade, fazendo com que ela se tornasse uma das maiores do estado e referência nacional em produtividade.
Por meio de software de gestão e de monitoramento de pragas é possível identificar as pragas e as doenças da lavoura com mais assertividade. Os mapas gerados indicam a pressão de pragas e doenças em cada talhão da lavoura, indicando se há necessidade de controle em área total ou somente na área da infestação.
Segundo dados da Aprosoja Brasil, a cadeia produtiva da soja movimenta US$ 70 bilhões/ano no Brasil, sendo 11% antes da porteira, com a aquisição de insumos, 26% dentro da porteira, destinados aos custos de produção e 63% com beneficiamento, gastos em logística, comércio e exportações.
Os gastos destinados aos custos de produção, que acontecem da porteira para dentro, é que determinam a rentabilidade nas lavouras. Por isso, é tão importante produzir cada vez mais na mesma área de plantio, com eficiência e sustentabilidade.
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