Depreciação de lavoura: saiba como calcular - Syngenta Digital
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Depreciação da lavoura: como calcular

6 min de leitura

Desenvolver uma atividade agrícola em uma propriedade rural é muito mais do que planejar o plantio. O exercício envolve também a gestão financeira da fazenda e é fundamental mantê-la funcionando para poder tirar o melhor proveito da lavoura e dos […]

por Giovanna Vallin
02 de maio de 2022
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Limpeza evita depreciação da lavoura e maquinário

Desenvolver uma atividade agrícola em uma propriedade rural é muito mais do que planejar o plantio. O exercício envolve também a gestão financeira da fazenda e é fundamental mantê-la funcionando para poder tirar o melhor proveito da lavoura e dos insumos por ela produzidos. 

Conhecer a depreciação de lavoura faz parte desse processo gerencial. Neste artigo, vamos ensinar mais sobre a importância da prática e também quais as melhores maneiras de calculá-la. Confira! 

O que é a depreciação de lavoura? 

Depreciação é a perda de valor de um bem em decorrência do seu uso, desgaste natural ou obsolescência. Isso acontece com o passar do tempo e quanto mais utilizado e exposto um determinado equipamento é, maior será a sua desvalorização. 

No caso da depreciação de lavoura, todos os bens utilizados para manter as atividades rurais são chamados de ativos imobilizados, caracterizados por se apresentarem de forma tangível. Logo, tudo que é utilizado no plantio, colheita e preparação, como máquinas, equipamentos, instalações e outros são conhecidos como esses tipos de ativos e entram no cálculo de depreciação da lavoura.  

Cada item tem o seu percentual de perda de valor, portanto, na hora de calcular é preciso levar esse fator em conta. É considerado um bem/patrimônio da propriedade todos aqueles itens que duram mais de um ano-safra, como escritórios, cercas, máquinas e a própria cultura, ao se tratar de culturas permanentes Por exemplo, um trator pode ter uma vida útil de até 15 anos, por sua vez, um pomar de frutas pode durar até 20 anos. 

Todos os bens ligados à propriedade são considerados investimentos, logo, a recuperação do montante investido só acontece em longo prazo. À medida que esse bem vai sendo usado, a produção da fazenda precisa gerar receita que seja suficiente para a recuperação do valor investido.  

Qual a importância de realizar o cálculo? 

Materiais agrícolas que depreciam

É muito comum que as empresas realizem seus cálculos de depreciação, pois ele registra o desgaste efetivo dos bens. Na propriedade rural não é diferente. 

Ao conhecer a depreciação dos bens, o produtor se beneficia, pois passa a ter uma real dimensão da despesa que terá com a produção de uma determinada cultura e como ela impactará o lucro obtido. Consequentemente, fica mais fácil projetar o que precisará ser feito para minimizar os efeitos da perda de valor do seu patrimônio.  

Por exemplo, você pode poupar um valor durante o ano, assim, ao terminar a vida útil do plantio, um dinheiro próprio para o investimento estará disponível. Quando esse montante não é considerado, caso haja alguma intercorrência, é bem provável que haja a necessidade de realizar empréstimos, reduzir o dinheiro de alguma melhoria que seria feita ou até mesmo ter que injetar o próprio capital. 

Como realizar o cálculo de depreciação de lavoura? 

Saiba como calcular depreciação da lavoura

Para executar o cálculo é necessário ter dados sobre os custos totais para a formação da lavoura, mas também o tempo de vida útil médio da produção. É preciso considerar os gastos anuais com mudas ou mesmo sementes, plantio e replantio, insumos, bem como operações, sejam elas mecânicas ou manuais.  

Lembrando que o cálculo deve ainda se atentar aos anos de produtividade, visto que ele será diluído pela vida útil da propriedade a partir da primeira colheita. Isso significa que se a cultura for produzida apenas por dois anos, o valor que será gasto nesses dois anos deverá ser somado e distribuído pelos anos de produção da propriedade. 

Basicamente, existem dois modelos para realizar essa conta:  

  • 1º: considera somente o valor gasto na formação e implementação que é diluído nos próximos anos, após o início da produção da cultura;  
  • 2º: considera o custo de oportunidade do capital que foi investido, com a depreciação. 

Um dos aspectos mais importantes do cálculo é aquele que diz respeito às máquinas. Isso porque é um dos itens de maior valor atrelado, além de terem uma perda gradativa de preço. É diferente, por exemplo, da terra que não é um bem com vida útil para ser depreciado, no caso dela, é calculado somente o custo de oportunidade de uso ou mesmo de sua venda. Por isso, confira melhor a seguir sobre a depreciação de máquinas! 

Depreciação de máquinas de lavoura 

As máquinas e equipamentos usados na lavoura têm uma grande importância para a agricultura, logo, quando falamos sobre depreciação é fundamental conhecer as especificidades ligadas a esse tipo de bem. Nesse caso, existem dois tipos de depreciação, que são a fiscal e a gerencial.  

No caso da fiscal, existem taxas fixas, de forma que o valor correspondente ao bem adquirido passa por um cálculo que é pautado na redução para chegar ao total zero, após o período que foi determinado para a sua vida útil. O cálculo utilizado é:  

valor total da máquina / vida útil em meses= depreciação mensal 

Exemplo: 1.500.000/ 240 meses (20 anos)= 6.250 reais 

Já na depreciação gerencial, ou contábil, o valor final não necessariamente chega a zero, podendo ser calculado durante um intervalo menor que a duração da sua vida útil. Aqui o cálculo utiliza duas expressões:  

valor total da máquina – valor de venda após uso= diferença do valor da máquina  

diferença do valor da máquina/ meses de uso= depreciação mensal 

1.500.000 – 1.000.000= 500.000 

500.000/ 72= 6.944,44  

Logo, os gastos para conservar e manter tais equipamentos podem variar, dependendo do modo como eles foram usados. Uma boa opção para aqueles que não querem errar no cálculo é usar a tabela disponibilizada tanto pela Receita Federal quanto pela Conab.  

Na tabela de depreciação da Receita Federal é possível encontrar os valores das taxas anuais de depreciação de cada bem da propriedade rural e a vida útil de cada um deles que é medida em anos.  

A Conab também mantém uma tabela bem parecida. No caso das máquinas, ela calcula a vida útil em horas e o valor residual de cada uma delas de acordo com o tipo de operação desenvolvida por elas. Logo, o valor residual considera o preço pelo qual o equipamento é vendido, após o tempo de vida usado. Funciona assim, se você tem uma colheitadeira que custou R$ 900 mil, após 2.500 horas de trabalho, seu valor final será 50% do total, ou seja, ela valeria R$ 450 mil.  

Ao longo do artigo, você viu que custo de produção não deve ser observado como um fim. Todas as informações coletadas devem ser analisadas, a fim de se certificar que o resultado seja o mais fiel possível. Lembre-se de que ao saber o valor da depreciação de lavoura é fundamental para o planejamento futuro da propriedade.  

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