A prevenção à erosão é uma das vantagens quando se pratica o terraceamento agrícola. Veja em detalhes É comum que, com o passar do tempo e os diversos cultivos, as áreas de plantação vão apresentando pontos de erosão. Para fazer […]
A prevenção à erosão é uma das vantagens quando se pratica o terraceamento agrícola. Veja em detalhes
É comum que, com o passar do tempo e os diversos cultivos, as áreas de plantação vão apresentando pontos de erosão. Para fazer o controle da erosão, a agricultura de terraceamento acaba sendo uma boa alternativa.
Isso se deve ao fato de que o terraceamento ajuda a evitar pontos de formação de sulcos que, pouco a pouco, passam a corroer o solo. Dessa maneira, o escoamento de água deixa de ser um processo lento, uma vez que há maior nivelamento.
Mas como é possível dar sequência ao terraceamento agrícola? Qual é o passo a passo para realizá-lo? Neste texto, você vai entender em detalhes.
Boa leitura!
O terraceamento é uma prática agrícola que permite construir terraços que vão controlar o escoamento da água da chuva. Dessa forma, a terra se mantém mais úmida, melhorando as características de produtividade e fertilidade agrícola.
Vale dizer que a prática da agricultura de terraceamento é um dos fatores que permite reduzir a erosão do solo, principalmente quando unida ao sistema de plantio direto e também à rotação de culturas.
O fato de a água descer por meio de saídas específicas faz com que o terraceamento evite a formação de sulcos que corroem o solo. Isso acontece porque os terraços quebram a encosta, dividindo uma grande encosta em várias menores, o que a faz ficar menos íngreme. Desse jeito, a força da água destrói menos, mantendo a fertilidade do solo.
Vale dizer que o terraceamento não é o único jeito de evitar um solo com erosão: a vegetação nas encostas frontais e traseiras também diminui o risco de destruição pela água e pelo vento.
O importante é que, se você enxergar sinais visíveis de erosão ou diminuição da produção a cada temporada, e a elevação do campo for inclinada, optar pelo terraceamento é uma forma de diminuir a erosão e otimizar a produtividade do solo.
Se sua plantação está em uma área de declive e você entendeu que o terraceamento é a melhor maneira de diminuir o processo erosivo, chegou a hora de ver os 5 passos para fazer o terraceamento agrícola. Acompanhe.
Você vai precisar de 5 amostras do solo na camada de 0 a 20 centímetros, sendo que essas amostras devem ser colocadas em um balde e misturadas.
Em seguida, separe um punhado de terra e molhe com água, sem encharcar. Misture e amasse a terra, formando um cordão com aproximadamente um centímetro de espessura, por último, dobre o cordão Isso permite entender se estamos diante de uma terra arenosa ou argilosa., já que, se o cordão quebrar, o solo é considerado arenoso, e, se não quebrar, argiloso.
Agora é o momento de descobrir e medir a declividade de seu terreno. Comece colocando um piquete de madeira na parte mais alta do terreno, dê um espaço de 30 metros e finque o segundo piquete.
Na sequência, pegue a mangueira e encha com água. Coloque uma ponta da mangueira no piquete de cima e no de baixo. Você ainda vai precisar medir a distância entre as extremidades da água na mangueira e a superfície do solo nos dois piquetes.
O cálculo é feito ao subtrair o valor encontrado no piquete abaixo pelo valor encontrado no de cima. Este número deverá ser multiplicado por 100 e dividido por 30, que é a distância entre os dois piquetes. O resultado obtido é a declividade do terreno.
Esse é o momento de verificar o valor da declividade e conferir o espaçamento indicado na tabela abaixo.
Ainda será necessário colocar um piquete a cada distância indicada. Por exemplo, se a declividade for de 5%, o espaçamento entre cada piquete de madeira será de 19,20 metros em solo arenoso e 21,95 metros em argiloso.
Este é o momento de pegar a mangueira já com água e os piquetes: coloque a ponta da mangueira no primeiro piquete fixado no terreno e procure o mesmo nível da mangueira para fincar outro piquete a 30 metros — isso deve ser repetido até o fim do terreno.
Uma dica da Embrapa é suavizar a curva, colocando piquetes a cada 15 metros sem que seja necessário o uso da mangueira.
Para começar, regule o arado sendo que o terceiro disco corte mais profundamente o solo, por pelo menos 30 centímetros. Já o primeiro disco deve cortar de um jeito mais superficial (cerca de 10 centímetros). Feita a regulagem, o arado deve ficar inclinado.
Feito isso, você já pode começar a arar o terreno jogando a terra da parte de cima para a parte de baixo até o final da curva em nível. Na volta, corte a terra, jogando-a de baixo para cima — o processo deve ser repetido até a base do terraço ficar com 1,5 metro a 2 metros de largura e a altura alcançar mais de 70 centímetros. Podem ser necessárias até 10 passadas de arado até o terraceamento ser considerado pronto.
Os tipos de terraço se diferenciam por função, largura de base, processo de construção e perfil do terreno.
Temos o terraço em nível ou infiltração e terraço em desnível ou escoamento.
São terraços construídos sobre as niveladas demarcadas em nível, com até 12% de declive, e com as bordas bloqueadas. A função é interceptar a enxurrada e permitir que a água seja retida e infiltre. São terraços indicados para solos de boa permeabilidade.
Feito a partir de um pequeno desnível que seja transversal ao maior declive da rampa. Esse tipo de terraço costuma acumular o excedente de água, permitindo escoamento lento para fora da área protegida. Ótima opção para solos com permeabilidade moderada ou lenta, que dificultam a infiltração de água da chuva.
Construído com um canal de pequeno declive e com um volume de acumulação do escoamento superficial. Uma vez que esse volume de acumulação seja preenchido, começa a funcionar como terraço em gradiente.
Existem três opções, os de base estreita, base larga e base média.
Indicados apenas em condições em que não seja possível construir terraços de base média ou larga. Costumam ser interessantes para pequenas propriedades, com baixa intensidade de mecanização agrícola e terrenos muito íngrimes
São uma opção para solos arenosos, permitindo o cultivo em praticamente toda a sua superfície. Uma característica é a facilidade de manutenção.
Opção para para pequenas ou médias propriedades, com máquinas suficientes para os implementos recomendados. Lembrando que o declive deve ser de até 15%.
Quando se fala em processo de construção, as opções são Nichol’s ou Canal e Mangum ou Camalhão.
Aqui, corta-se o solo com arado, mas sem usar grade-aradora e fazendo movimentos de cima para baixo, assim, a massa de solo que forma o camalhão é retirada da faixa superior, formando o canal.
Ele é feito movimentando uma faixa mais larga de solo que a do terraço anterior. A massa de solo é deslocada tanto da faixa imediatamente superior como da inferior ao camalhão, seja no sentido da aração, seja em passadas de ida e volta com o trator. Esses terraços podem ser construídos com terraceadores em terrenos de menor declividade.
Comum, patamar, comum embutido, murundum ou leirão são os quatro tipos referentes ao perfil do terreno.
Neste, o camalhão é feito em nível ou em desnível. Muito usado no Brasil, quando o solo apresenta declive inferior a 18%.
Indicado para produções maiores e que geram mais lucro, dado o alto custo. É uma opção para terrenos com mais de 18% de declive.
Feito com motoniveladora ou trator de lâmina frontal, pois o objetivo é criar um canal triangular. Neste terraço, há a formação de um talude que separa o canal do camalhão na vertical.Indicado para cana-de-açúcar.
Pedem trator de lâmina frontal, pois é necessário grande movimentação do solo. Ele dificulta a movimentação de máquinas agrícolas e tem custo mais elevado.
Em geral, os sistemas agrícolas de terraceamento usados com mais frequência são bancada, contorno e paralelo. Explicamos cada um na sequência.
É semelhante a uma estrutura de bancos ou degraus na encosta, com plataformas agrícolas planas ou quase planas dispostas em intervalos regulares. Pede mais mão de obra e uma perturbação intensiva do solo. São mais comuns para o cultivo de arroz em terraços, pois permitem a retenção de água.
Seguem o contorno de relevo, formando filas de pontas e cursos de água relvados. Apesar de pedirem menos insumos para serem feitos, são difíceis para as atividades agrícolas devido às irregularidades de espaço.
São terrenos mais fáceis para as atividades agrícolas. Se a inclinação não permitir, são construídas por meio de operações de nivelamento de terrenos. Torna o movimento do maquinário facilitado, mas pede mais mão de obra e tempo de trabalho.
A prática do terraceamento, além da questão da prevenção da erosão, traz vantagens como maior conservação da terra, menos sedimentação, conservação da água e aumento da produtividade do cultivo.
Quanto às desvantagens, existem algumas, como custo com maquinário e necessidade de mão de obra especializada, ok? Ainda assim, pensando em termos de erosão, é uma prática interessante e que aumenta a produtividade de terrenos inclinados. Os cultivos de arroz, açafrão, cominho, trigo, milho e maçãs são bastante favorecidos.
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