Ao mencionar o solo, a primeira coisa que vem à mente de quem lida com a agricultura diariamente é o fertilizante, e não é para menos. Afinal, o produto costuma trazer excelentes resultados para o solo e ainda contribui para […]
Ao mencionar o solo, a primeira coisa que vem à mente de quem lida com a agricultura diariamente é o fertilizante, e não é para menos. Afinal, o produto costuma trazer excelentes resultados para o solo e ainda contribui para a produtividade das plantas, melhorando as colheitas.
Mas, assim como outros produtos que são aplicados em uma área rural, os fertilizantes têm as suas especificidades, o que influencia no seu uso. Para te ajudar a entender melhor sobre o assunto, preparamos este artigo, no qual explicamos mais detalhadamente sobre os diferentes tipos de fertilizantes para plantas e outras informações importantes sobre o seu uso. Vamos lá?
O fertilizante agrícola pode ser definido como um produto de origem mineral, orgânica, natural ou sintética, que tem como objetivo fornecer nutrientes para as plantas. O seu uso é crucial para a melhoria e manutenção da fertilidade do solo, o que consequentemente eleva os níveis de produtividade de uma cultura, aumenta a qualidade do que é produzido e ainda fornece sustentabilidade ambiental.
Para obter um crescimento saudável, as plantas precisam de diferentes tipos de nutrientes, como oxigênio, carbono, hidrogênio, nitrogênio, além de outros compostos químicos insuficientes no solo, assim, os fertilizantes desempenham bem esse papel.
No entanto, é preciso cuidado com a utilização dos fertilizantes, pois o excesso de aplicação de produtos pode levar a problemas ambientais. Logo, é preciso estar atento às necessidades da área de plantio, a fim de fornecer os nutrientes corretos.
Como explicado, existem diferentes tipos de fertilizantes. A seguir, você conhecerá cada uma delas e as suas origens respectivas.
O fertilizante mineral também chamado de inorgânico ou sintético é bastante comum. Ele tem como principais características a possibilidade de ser preparado de forma sintética por meio de processos industriais.
Geralmente, eles são compostos por nitrogênio, fósforo e potássio e têm rápida absorção pela planta. Além disso, podem ter na sua formulação um ou mais macronutrientes e também alguns micronutrientes. Comumente, quando se trata da classificação com base na presença desses elementos essenciais, os fertilizantes são divididos em quatro classes: fertilizantes nitrogenados, fosfatados, nitrogenados-fosfatados e potássicos.
Os fertilizantes orgânicos são compostos basicamente de matérias-primas de origem animal, vegetal ou industrial, que podem ter passado, ou não, por processos físicos, químicos ou bioquímicos para sua formação. entre os quais se encontram o esterco animal, vinhaça e tortas vegetais. Se comparado aos fertilizantes minerais, os orgânicos têm um tempo de ação mais lento. Afinal, eles precisam de mais transformações antes de serem usados pelos vegetais.
Por serem colocados diretamente na terra, os fertilizantes orgânicos são uma excelente opção para a recuperação do solo, pois eles permitem a reprodução de bactérias que são benéficas para a agricultura, além de ajudarem a acelerar a atuação de adubos químicos.
Por fim, temos os fertilizantes organominerais que são compostos por material orgânico e enriquecidos com minerais, elementos inorgânicos para serem absorvidos de maneira rápida pelas plantas.
A combinação de material orgânico e mineral visa não só melhorar o solo e suas propriedades físicas, mas também o fornecimento de matéria-prima para que a planta possa ter um melhor desenvolvimento, crescendo de maneira mais saudável e rápida.
O aumento na demanda por alimentos em todo mundo reflete diretamente na agricultura. O Brasil, por ser um dos maiores produtores mundiais, têm usado cada vez mais fertilizantes a fim de aumentar a produtividade das lavouras.
O país ainda é bastante dependente dos produtos importados, só para ter uma ideia 85% dos fertilizantes que são usados na agricultura vêm de fora.
O uso e aplicação dos fertilizantes pode acontecer em diferentes fases do cultivo. Fatores como o tipo de fertilizante usado interferem na escolha da etapa.
Na fase de semeadura, o fertilizante é aplicado no solo um pouco abaixo e ao lado das sementes. Nesse caso, o benefício é que a semente colocada no solo já tem a disponibilidade dos nutrientes necessários, o que promove um desenvolvimento mais ágil na etapa inicial.
Na adubação adubação de cobertura as doses de fertilizantes podem ser parceladas, de forma que a aplicação do fertilizante acontece ao longo do ciclo da cultura.
Visa distribuir o fertilizante uniformemente sobre o solo e depois incorporá-lo de maneira parcial ou total através da aração, a fim de que esse alcance maiores profundidades.
O fertilizante é espalhado pelo ar através de tubos instalados na área destinada para a lavoura. A técnica é recomendada para aquelas culturas onde há maior espaço entre as linhas de plantio. Assim, não há desperdício em áreas em que as raízes não atingiram o fertilizante absorvido pelo solo.
Na fertilização por irrigação ou fertirrigação, a aplicação é de fertilizantes líquidos ou facilmente solúveis. Para os produtos compostos, há duas formas de fazê-las, como por meio de pivôs centrais ou mangueiras de gotejamento.
A aplicação do fertilizante quando feita por pulverização tem a diluição dos compostos na água e posteriormente é colocado nos pulverizadores. A absorção do produto acontece pelas folhas das plantas.
Após definir o melhor tipo de fertilizante para a lavoura, o profissional deve escolher qual o modo de aplicação é mais eficiente, considerando dois pontos importantes: evitar o desperdício e os erros na hora de aplicar o produto. Algumas técnicas funcionam bem, entre as quais estão:
Assim como os defensivos agrícolas, é muito importante que os fertilizantes sejam indicados por um profissional, a fim de que a sua aplicação seja feita da maneira mais adequada. Tais compostos são essenciais no desenvolvimento das lavouras, impactando a germinação, produção de folhas, sementes e até frutos. Ao usá-los corretamente, você garante a saúde do solo em longo prazo, sem esgotá-lo ou mesmo contaminá-lo.
Texto escrito em parceria com o Núcleo de Estudos em Entolomogia da Universidade Federal de Lavras. Autores: Gabriela C. Pinheiro, Bianca P. Valério, Maria Fernanda G. V. Penaflor, Rosangela C. Marucci. Já ouviu falar de feromônio dos insetos? O olfato, a visão e a audição […]
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