Conheça as diferentes maneiras de ação dos herbicidas e como eles devem ser aplicados nos cultivos, garantindo mais eficiência e menos riscos. Todo plantio principal pode acabar concorrendo por nutrientes com plantas daninhas, isso faz com que os nutrientes da […]
Conheça as diferentes maneiras de ação dos herbicidas e como eles devem ser aplicados nos cultivos, garantindo mais eficiência e menos riscos.
Todo plantio principal pode acabar concorrendo por nutrientes com plantas daninhas, isso faz com que os nutrientes da terra sejam divididos entre as culturas. Dessa forma, o plantio principal é prejudicado, tanto no crescimento quanto na produtividade.
É aí que entra a ação dos herbicidas, um dos tipos de agrotóxico ou defensivo agrícola que permite ao produtor rural usar melhor todos os nutrientes da terra, garantindo que a cultura não sairá prejudicada.
O fato é que existem diversos tipos de herbicida, cada um com suas peculiaridades. Quais são elas e o que é de mais importante para se levar em conta? Leia o texto para compreender.
Os herbicidas são produtos biológicos ou químicos usados para controlar o crescimento e nascimento das daninhas nas terras, evitando que essas concorram com os cultivos.
Assim, o uso de herbicidas consegue prevenir a interferência das plantas daninhas principalmente no início do ciclo, período no qual esse tipo de planta causa as maiores perdas nas culturas.
Herbicidas são essenciais quando encontramos espécies de daninhas de difícil controle após a emergência do plantio (os dias logo após a semeadura) ou quando as plantas daninhas são indesejáveis durante todo o ciclo da cultura, como no caso de áreas destinadas à produção de sementes.
Outro ponto interessante é que o uso de herbicidas proporciona um controle mais efetivo às linhas de plantio — em geral, outros métodos de controle não contam com a mesma eficiência.
Podemos falar em:
São eles:
A classificação dos herbicidas acontece de acordo com suas características de ação, permitindo que sejam agrupados de acordo com a época de uso, seletividade, estrutura química e jeito de agir. Abaixo, nós trazemos mais detalhes.
São aqueles que irão afetar a planta daninha, mas não a cultura manejada. Essa classificação acontece pela forma como o herbicida afeta a planta daninha. Aqui, fatores como o estágio de desenvolvimento das plantas, condições climáticas durante a aplicação e quantidade de dose aplicada influenciam os efeitos que os herbicidas causam nas plantas daninhas e nas espécies cultivadas.
Vale dizer que o efeito de herbicidas seletivos não é prejudicial às espécies de interesse além de um nível que elas não possam se recuperar. A categoria de seletividade ainda se subdivide em:
São os herbicidas que agem de maneira indiscriminada em todas as espécies de plantas. São recomendados para uso como dessecantes ou em aplicações dirigidas, como diquat e glyphosate.
A boa notícia é que, com a biotecnologia, é possível tornar uma planta que era suscetível a determinado herbicida não-seletivo, resistente ao mesmo. Isso acontece com a soja transgênica, que se torna resistente ao glyphosate.
Existem três momentos. O primeiro é no pré-plantio, para efeito de controle da população inicial de plantas daninhas, em geral são os produtos seletivos.
Além disso, os herbicidas podem ser usados no pós-plantio como pré-emergente ou pós-emergente, sejam eles seletivos ou não.
Existem os de uso tópico e de uso sistêmico. Veja as explicações na sequência.
Também conhecidos como de contato. Eles agem de forma limitada, provocando danos apenas , no local de contato direto com os tecidos das plantas.
O fato é que a mobilização desses herbicidas na planta é baixa, o que pede uma pulverização de boa cobertura.
Têm alta capacidade de translocação dentro da planta daninha. Sua ação acontece tanto perto quanto longe do local em que o produto foi aplicado. Em geral, o deslocamento desse herbicida acontece pelo xilema, tecido que transporta a água, pelo floema ou ambos.
Antes de aplicá-los, é preciso considerar o clima e a umidade do solo. Por exemplo, períodos de chuva após a aplicação podem interferir na translocação de produtos, tornando-a mais lenta. Além disso, aplicar a favor do vento também é mais interessante.
Podemos dividi-los em dois grupos, os enzimáticos e não enzimáticos. Os enzimáticos agem diretamente sobre alguma enzima do metabolismo da planta daninha, já os não-enzimáticos causam algum evento metabólico à planta, mas sem ligação a enzimas.
Conheça quais são eles:
Enzimáticos | Não-enzimáticos |
ACCase (inibe a enzima enzima acetilcoenzima A carboxilase) | Mimetizadores de Auxina: vão atuar com ação semelhante à auxina na planta, porém em maior quantidade, causando um desequilíbrio desse hormônio na planta |
ALS ou AHAs (inibe a enzima acetolactato sintase (ALS ou AHAS) | Biossíntese de lipídios (não-ACCase): inibe a síntese de lipídios, proteínas, isoprenóides e flavonoides |
Inibidores da biossíntese de Carotenóides (inibe a enzima 4-HPPD e outra ainda desconhecida) | Divisão celular: inibe a divisão celular no arranjo de microtúbulos e na biossíntese de ácidos graxos de cadeia muito longa |
EPSPs (inibe a enzima 5-enolpiruvil chiquimato-3-fosfato sintase) | Inibidores do FSI: inibe o transporte de elétrons no fotossistema I |
Glutamina GS (inibe a enzima glutamina sintetase) | Inibidores do FSII: inibe o transporte de elétrons no fotossistema II |
Protox ou PPO (inibe a enzima protoporfirinogênio oxidase PROTOX ou PPO) |
Como todo defensivo agrícola, o uso deve ser cuidadoso para não provocar danos ao meio ambiente e a quem faz o manejo do herbicida. Por isso, é importante considerar algumas medidas:
Além disso, você pode consultar o sistema Agrofit para entender as possibilidades de herbicidas no Brasil de acordo com as diferentes culturas.
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