Para quem cria animais, as plantas forrageiras acabam sendo um importante complemento na alimentação deles. Entretanto, o manejo das forrageiras é importante não apenas para alimentação animal, como também traz benefícios para o solo. Acontece que existem muitos tipos de […]
Para quem cria animais, as plantas forrageiras acabam sendo um importante complemento na alimentação deles. Entretanto, o manejo das forrageiras é importante não apenas para alimentação animal, como também traz benefícios para o solo.
Acontece que existem muitos tipos de plantas forrageiras, e aí é natural sentir dúvida: qual é a melhor espécie? Seja para os animais de sua propriedade e também para o tipo de solo e a região de sua propriedade.
Para responder a essas e outras dúvidas, leia nosso artigo até o final. Trazemos várias informações valiosas.
Forrageiras são usadas também para plantio direto.
Plantas forrageiras são usadas como alimento para os animais. Assim, quando pensamos na pastagem, essas plantas servem como um complemento alimentar que torna a pecuária ainda mais produtiva. O mais interessante é que elas vão além da pastagem, a partir de algumas delas podem ser produzidos feno e silagem.
Ao escolher a planta forrageira, é preciso levar em conta a região da propriedade e também o tipo de animal. Por exemplo, para quem cria gado leiteiro, o capim do tipo Mombaça tem alta eficiência nutricional.
Existem inúmeras espécies de plantas forrageiras que se subdividem em dois tipos básicos: as gramíneas forrageiras e as leguminosas forrageiras. Na sequência, detalhamos essas duas e listamos as espécies.
As gramíneas são as plantas que possuem folhas lineares, como gramas, capins ou relvas, têm adaptação fácil e suas sementes contam com rápida dispersão. Além disso, costumam ser tolerantes ao fogo.
Vale dizer que elas surgem naturalmente nas pastagens e algumas são consideradas plantas perenes, ou seja, podem rebrotar após o corte ou o pastejo. O que chama bastante a atenção dos produtores rurais é o seu rápido desenvolvimento, fato que ajuda demais o preparo ágil dos campos de pastagem. Conheça os tipos mais comuns:
Não se adapta a solos muito úmidos, mas produz forragem mais cedo. A aveia preta é mais comum, porém, a branca também tem se popularizado, apesar de ser mais sensível às doenças.
O Azevém chama a atenção pelo custo-benefício, pois tem alta produção e boa qualidade de forragem. Tem resistência em relação ao pastejo e a excessos de umidade. Também permite a ressemeadura natural, que acontece com a produção e a queda das sementes na terra.
Mais uma forrageira de alta produtividade, comumente usada em pequenas áreas, mas também pode ser utilizada em pastejo. Pode ser cortada e oferecida aos animais no cocho.
São plantas perenes e se adaptam melhor às regiões mais quentes, pedem terrenos ricos em fertilidade. Em geral, a maioria das cultivares são reproduzidas por mudas.
O capim-carrapicho, apesar de ser uma planta-daninha, em seu estágio inicial pode ser usado como forrageira, pois tem bons valores nutricionais.
Tipo de planta forrageira que vai bem em clima tropical, sobretudo solos argilosos e arenosos. Destaca-se pelo valor nutricional alto.
Como o próprio nome diz, elas produzem sementes dentro de si mesmas (vagens). São plantas forrageiras interessantes para rebanhos bovinos leiteiros.
Dentre suas vantagens, podemos citar o baixo custo quando comparadas a outras fontes de alimento, o fato de terem crescimento do tipo rasteiro, como o trevo branco e o amendoim forrageiro, contarem com alto valor proteico — o que proporciona uma melhora na dieta animal.
Também, por meio da fixação biológica, as forrageiras leguminosas aumentam a disponibilidade de nitrogênio, o que melhora a fertilidade do solo. Veja as espécies mais conhecidas:
É superpopular por sua produtividade e qualidade, mas pede solos profundos, com umidade na medida e boa fertilidade. É utilizada principalmente em corte e para a produção de feno. Ponto negativo: é sensível a doenças.
Chama a atenção pela capacidade de competir com invasoras e de sobreviver ao inverno, além de não causar problemas de timpanismo no gado. Pode ser multiplicada principalmente por mudas.
Bom para ser usado com outras espécies de forrageiras do tipo gramínea, resiste à seca, sendo indicado para verão e outono. Adapta-se a diferentes tipos de solo, mas não vai tão bem nos úmidos em excesso.
Mesmo sendo de inverno, vai bem no verão e chama atenção pela alta qualidade e bom desenvolvimento em diferentes condições de solo e clima. Destaca-se o fato de não causar timpanismo.
Os mais usados são o branco, vermelho e persa. São plantas forrageiras que não são usadas sozinhas, mas em mistura com o azevém e a aveia. Dessa forma, não causam o timpanismo, problema digestivo que impede a eliminação dos gases dos animais.
Toda planta forrageira tem características particulares, resultado dos distintos meios nos quais evoluíram durante milhares de anos. A seguir, salientamos alguns pontos que você deve conhecer:
Essa característica é importante ao escolher a espécie para áreas de relevos distintos. Em áreas declivosas torna-se mais adequado a utilização de gramíneas estoloníferas.
Isso pode inferir sobre sua utilização. Gramíneas com colmos finos são as mais indicadas para produção de feno, pois contam com rápida desidratação e melhor qualidade do produto.
O maior potencial produtivo de uma forrageira a torna mais recomendada aos sistemas de produção mais intensivos, nos quais usamos maior quantidade de adubo com o objetivo de incrementar a produção animal por área.
O armazenamento correto da forragem evita a perda de nutrientes. Assim, fala-se muito em fenação, quando a forragem é desidratada, reduzindo a quantidade de água nas plantas.
Há também a fabricação de silagem, com perda nutricional da forragem pequena e que permite armazenar o alimento por um longo período devido à fermentação controlada.
É preciso levar em conta o objetivo. Pensando nisso, trouxemos alguns pontos que você deve considerar:
Considere fazer análises do solo para verificar qual planta forrageira vai ajudar na preservação da terra, visto que o plantio direto acaba sendo uma opção para terrenos com indício de erosão.
O tipo de animal e a produção são os fatores mais importantes de analisar. Gados bovinos pedem plantas forrageiras de alto valor nutricional, enquanto equinos, por sua vez, precisam de menos proteínas.
O plantio de leguminosas forrageiras na adubação verde é bastante consagrado, visto que essas plantas fixam ainda mais nitrogênio no solo por simbiose.
A escolha das plantas forrageiras que serão usadas em sua propriedade é um desses pontos da agricultura que fazem toda a diferença na sua produtividade. Muitas são plantadas por sementes, outras por mudas, mas em todo caso são indispensáveis não apenas para quem precisa de pasto para animais.
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