Quer saber quais são os tipos e etapas da erosão? Veja como funciona todo esse processo.
Por Marihus Altoé Baldotto
As etapas da erosão compreendem desgaste, desprendimento, arraste e deposição de partículas de solo, sendo as águas das chuvas (erosão hídrica) e os ventos (erosão eólica) os dois principais agentes do processo erosivo no Brasil. E os tipos de erosão acabam passando por processos específicos.
E para entender como funciona o processo, é fundamental conhecer os tipos de erosão e as especificações desse processo natural. Mas afinal, quais são elas e como acontecem as etapas desse fenômeno.
Acompanhe o conteúdo até o final e conheça cada uma delas, no qual estão envolvidas em todos os processos, além de outras informações. Vamos lá?
Consiste no processo desencadeado a partir do impacto da chuva sobre o solo, escoando na forma de enxurrada. Ocorre naturalmente e, nesta escala, promove os ciclos biogeoquímicos, a formação da paisagem e o rejuvenescimento dos solos. Contudo, agrava-se por influência do homem, sobretudo pelo uso do solo descoberto.
É a erosão causada pela ação dos ventos e também tem como agravante a retirada da vegetação de cobertura do solo. Áreas desérticas, especialmente as de solo arenoso, são mais suscetíveis à erosão eólica. No Brasil, nas áreas áridas e semi-áridas nordestinas e no Rio Grande do Sul, existem impactos significativos da erosão eólica.
A erosão laminar vai removendo camadas de solo, sem modificar o relevo nos primeiros momentos. Em geral, tal processo erosivo passa despercebido no início. Assim, seu perigo está na sua continuidade, pela pouca visibilidade.
Contudo, podem aparecer raízes e material mais grosseiro na superfície do solo, dada a desagregação e remoção das partículas mais finas. Lembrando que a fertilidade do solo, maior nas camadas superficiais da terra, diminui ao longo do tempo.
Dessa forma, o solo vai perdendo vegetação e tornando-se menos coberto, o que aumenta a predisposição à erosão pelo impacto da gota da chuva, iniciando um ciclo de degradação do solo em várias etapas.
Além disso, como se agrava em áreas de declividade maior, tem no plantio em nível, nas faixas de contenção, etc., as medidas de controle da erosão mais eficientes.
Ao atingir o solo descoberto, o pingo de chuva forma uma microcratera compactada, de até quatro vezes o tamanho da gota. Há desagregação dos agregados do solo.
Nesta etapa, a partir desse desprendimento de partículas argilosas, ocorre o seu transporte e o entupimento de poros do solo. Forma-se uma crosta delgada superficial, que reduz a infiltração da água. A manutenção da cobertura do solo, basicamente, é uma prática conservacionista eficiente em reduzir tal erosão.
Erosão ocasionada pelo deslocamento preferencial da enxurrada, formando sulcos progressivamente mais profundos. O processo de erosão em sulcos é agravada em áreas de declive acentuado e, principalmente, longo.
O plantio em nível, as faixas de contenção, etc, são as medidas preventivas que geralmente contêm a erosão em sulcos. Como é visível no terreno, pode ser logo controlada.
Se não for controlada, a erosão em sulcos pode evoluir para erosão em voçorocas. Nesse sentido, formam ravinas que modificam totalmente a paisagem. Pode ser comprida e profunda, atingindo magnitudes de dezenas e centenas de metros.
Isso porque, ela ocorre pela passagem de enxurrada anualmente no mesmo sulco, aprofundando-o. Dessa forma, cortando o horizonte superficial e o genético, estruturados em agregados, ao atingir o horizonte de características herdadas (C), sem agregação, o sulco torna-se profundo de forma mais rápida.
Geralmente, acontece a infiltração da água por camadas mais superficiais e esse encontro pode levar ao solapamento do solo. Como a etapa de erosão por voçorocas é muito mais grave, onde, geralmente, impede o cultivo na área erodida, seu controle precisa ser mais oneroso, demandando manejo especializado.
O solapamento é uma forma de deslizamento de cotas superior para inferior, no qual provoca o afundamento do solo. Dessa forma, prejudicando a camada superficial do solo e resultando na redução de potenciais produtivos da terra. Isso porque, essa camada é rica em nutrientes para o cultivo da lavoura.
A erosão ocorre, portanto, de forma natural, geológica ou acelerada pelo homem. Naturalmente, houve co-evolução entre a terra e os seres vivos. Dessa forma, resultando na vida pelo equilíbrio que conhecemos. Vale ressaltar que as fases do processo erosivo são divididas em três etapas.
Além disso, algumas formas de uso do solo contribuem para a erosão. Dentre elas, está o revolvimento intensivo, que culmina em:
A primeira etapa da erosão inicia-se com o desprendimento ou desagregação da estrutura do solo. Geralmente, tanto o revolvimento do solo, como o impacto da gota da chuva sobre a estrutura do solo, desprendem as partículas mais finas (argilas).
Em seguida, o material desprendido sofre transporte, ocasionando a segunda etapa do processo erosivo. A água da chuva vira enxurrada ou o vento, arrasta tais partículas. Dessa forma, provocando a terceira e última etapa da erosão: a deposição do material, que foi desagregado e transportado.
Embora a erosão eólica transporte partículas finas em escalas intercontinentais, com importância fundamental para a geologia, a erosão hídrica tende a ser mais pronunciada em regiões de clima tropical, de chuvas intensas.
Por fim, a erosão é um processo, em geral, natural e com combinação de etapas hídricas e eólicas. Mas existem, sim, fatores que afetam a erosão e a aceleração, mesmo dentro de cada etapa, tais como clima, estruturação do solo, relevo, vegetação (monocultura) e manejo inadequado do solo.
E para cada uma das etapas da erosão há também práticas conservacionistas edáficas, vegetativas e mecânicas para controle, como o plantio direto. Quer conferir as diversas dicas sobre o assunto? Então, acesse o nosso blog e fique atualizado!
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