Você sabia que o Pulgão é bastante prejudicial para a sua plantação? Confira aqui tudo o que você precisa saber sobre a praga!
Ácaro vermelho, broca das axilas, percevejo marrom… Quando se fala em pragas agrícolas, a lista é gigantesca. Além das inúmeras espécies, há também inúmeros problemas causados por elas a uma plantação, como o pulgão.
Este pequeno inseto possui alto poder de destruição na agricultura e, se não for tratada precocemente, pode levar inclusive à perda da lavoura. Neste artigo, você conhecerá mais detalhes sobre a praga, que é bastante comum no Brasil. Confira!
O pulgão ou afídeo é um pequeno inseto que mede até 3 mm. De tonalidade que varia entre amarelo-claro, verde, marrom e preto, ele é considerado uma praga agrícola. Atualmente, existem mais de 1,5 mil exemplares da espécie, que ataca diferentes tipos de cultura.
Pertencente à família Aphididae, o pulgão tem grande facilidade em se multiplicar quando expostos a altas temperaturas e baixa precipitação. A praga prejudica as culturas por meio da sucção de seiva, mas também por causa da inoculação de toxinas e transmissão de viroses, fazendo assim com que as espécies não se desenvolvam
Grande parte das espécies de pulgões têm por característica a liberação de uma substância “melada” que favorece o desenvolvimento da chamada fumagina.
A fumagina é caracterizada como um crescimento fúngico que ocorre na superfície de vegetais, não necessariamente atacam as plantas diretamente, mas recobrem as suas folhas com uma camada preta de massa formada por esporos.
Com isso, as plantas são impedidas de realizar a fotossíntese. Afinal, elas não conseguem absorver a luz necessária no processo, o que acaba prejudicando o seu desenvolvimento e pode levar até a morte.
Além da doença, há outros danos causados pela praga, como seca dos galhos, retardamento no crescimento da planta, folhas amareladas, frutos menores que o normal, deficiência nutricional, entre outros.
Algo curioso sobre a família dos pulgões é que eles podem ser muito diferentes uns dos outros sob o aspecto visual. Ou seja, as espécies apresentam características morfológicas que os diferenciam. Existe, por exemplo, o pulgão preto, o pulgão branco e outros. O que em comum que os une é o tamanho, que não passa de alguns milímetros.
No mais, os pulgões contam com um corpo mole e periforme, com antenas longas, e o formato ovoide. O aparelho bucal do inseto é do tipo picador-sugador, além disso, pode ser áptero ou alado.
Nesse último caso conta com asas membranosas, sendo os pares dianteiros maiores que os pares traseiros, comumente contam com uma borda e também manchas em sua extensão.
O ciclo biológico do pulgão é curto, no geral. Dependendo da espécie, pode acontecer o surgimento de uma geração a cada semana. A duração média de vida é 20 dias, podendo variar conforme a espécie, as temperaturas ideais para essa reprodução giram em torno de 18 a 25ºC. Nessas condições, cada fêmea dá origem a cerca de 70 a 80 novos pulgões, com uma média de até dez pulgões diários.
O ciclo biológico é composto pelo período ninfa que pode durar de 5 a 6 dias, durante ele são verificados 4 instares. Já os períodos de reprodução e pós-reprodução variam de 15 a 23 dias e 3 a 4 dias, respectivamente.
Os pulgões costumam atacar as plantas em reboleira com a dispersão após a colonização por alados migrantes. As folhas que são atacadas por essa praga ficam em uma tonalidade mais escura devido à massa de esporos que se forma. Além disso, o formato delas acaba ficando arredondado com bordos virados para baixo.
Esse ataque prejudica o desenvolvimento e crescimento das plantas, visto que elas deixam de realizar a fotossíntese. Outra forma de ataque acontece com a sucção da seiva promovida pelo inseto e também pela liberação de toxinas, que funcionam como uma porta de entrada para outros vírus, que matam as plantas.
As muitas espécies de pulgões se diferenciam também pelos hábitos alimentares. Aqueles insetos que se alimentam de plantas de uma mesma família são conhecidos como monófagos e os que se alimentam de vegetais de famílias distintas são denominados polífagos. Conheça a classificação de acordo com a preferência por determinadas culturas!
O pulgão-do-algodoeiro, Aphis gossypii, é uma das principais pragas sugadoras do algodoeiro. O seu hábito alimentar provoca danos diretos e indiretos à cultura, contemplando a sucção da seiva e injeção de toxinas, mas também a fumagina.
Sua presença é abundante especialmente na região dos trópicos, atacando outras culturas como a do meloeiro.
O pulgão-da-espiga, Sitobion avenae, tem preferência pelas gramíneas e ataca principalmente as espigas das culturas do trigo, aveia e cevada.
O inseto succiona seiva das folhas e da base das espiguetas, o que provoca o enrugamento dos grãos e também reduz o poder de germinação.
O pulgão-do-milho, Rhopalosiphum maidis, é um inseto sugador que introduz o aparelho bucal nas folhas novas.
Na lavoura do milho, a praga causa a necrose foliar e as espigas sofrem com a má-formação.
O Pulgão-verde-dos-Citros, Aphis spiraecola, ocorre, especialmente, no começo da fase vegetativa e em plantas jovens.
O inseto se alimenta da seiva e injeta substâncias tóxicas que reduzem o crescimento das árvores.
O pulgão-verde-dos-cereais, Schizaphis graminum, é um inseto que tem preferência por gramíneas. A espécie acontece principalmente em plantas de sorgo, aveia, cevada, milho e trigo, e ataca as folhas. Além de provocar amarelecimento das plantas, dependendo da intensidade do ataque pode levar até à morte da planta.
Existem diversas formas para combater o pulgão, no qual ajudam na interferência do crescimento populacional dos pulgões. Além disso, saiba que o combate é variado, porém, esse processo depende bastante do monitoramento da plantação, para descobrir a espécie e a gravidade do problema.
Por fim, independentemente do ataque que a sua lavoura recebe, é importante fazer um manejo integrado de pragas. Isso porque, essa é uma das maneiras mais eficientes para eliminar o problema e evitar que a plantação sofra com os efeitos da atuação do Pulgão.
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