A qualidade da terra em que se planta é um dos pilares mais importantes de toda produção agrícola. Fazemos análises de solo para entender como corrigir as deficiências de nutrientes da terra e, assim, garantir que as plantações poderão crescer […]
A qualidade da terra em que se planta é um dos pilares mais importantes de toda produção agrícola. Fazemos análises de solo para entender como corrigir as deficiências de nutrientes da terra e, assim, garantir que as plantações poderão crescer em sua plenitude. Nesse sentido, é fundamental entender sobre os tipos de solo existentes em nosso país. Esse conhecimento permite que façamos cuidados mais certeiros com a terra, preparando-a para o plantio.
Inclusive, sabia que no Brasil estão presentes mais de 10 tipos de solo? Neste artigo, falamos de cada um deles para que você estabeleça a melhor rotina de cuidados. Acompanhe para entender!
O solo é definido como uma mistura complexa de materiais orgânicos e minerais, formada a partir do fenômeno de intemperismo.
O intemperismo se trata do conjunto de alterações físicas, químicas e biologicas que as rochas sofrem quando ficam expostas na superfície da Terra. Na prática, são decomposições e desagregações que, aos poucos, vão formando os tipos de solo que conhecemos.
Vale dizer que o processo de formação do solo é bastante lento. De acordo com a Embrapa, levam-se cerca de 400 anos para se formar apenas 1 centímetro de solo, acredita?
Como você viu, a passos bem vagarosos os solos vão se formando e a composição deles depende demais das rochas que vão sofrendo o intemperismo. Mas podemos citar 3 elementos principais, como areia, silte e argila — sendo que o que acaba mudando é a concentração de cada um desses elementos nos diferentes tipos de solo no Brasil.
Para você entender melhor, explicamos sobre cada um deles.
É a areia que acaba dando a sensação de aspereza aos solos. Quanto maior o diâmetro dessas partículas ou maior a quantidade dela no solo, mais áspero ele será. Em geral, os diâmetros de grãos de areia variam entre 0,05 a 2 milímetros.
Pensando em degradação de rocha formadora de solo, o quartzo acaba sendo responsável pela presença de areia, mas não apenas ele: o muscovita, feldspato, mica e magnetita também garantem grãos de areia no solo. Moral da história? Solos arenosos são aqueles com maior quantidade de areia na composição.
Entenda que solos arenosos pedem um maior monitoramento da fertilidade por conta da propensão à erosão. Dessa maneira, o produtor deve estar atento à estrutura do solo, evitando sua compactação.
O silte é uma partícula do solo que traz um aspecto de sedosidade à terra, suas partículas vêm da degradação, principalmente, de feldspato, piroxênio, anfibólio, biotita e são bem menores que as de areia, variando entre 0,05 a 0,002 milímetros.
Solos siltosos, em geral, são classificados como os “primos pobres”, com qualidade inferior aos arenosos e argilosos. Afinal, trata-se de um pó como a argila, mas sem coesão apreciável e sem plasticidade digna de nota quando molhado.
Pensando em tamanhos de partícula, os da argila são bem menores do que os dois citados acima: seu diâmetro é menor que 0,002 mm, não sendo possível vê-la a olho nu.
O tipo de solo argiloso conta com coloração vermelho-escura, é úmido e macia, composto por mais de 30% de argila, e quantidades consideráveis de alumínio e ferro.
Todo solo argiloso tem grande microporosidade, contudo, também pode ter grande macroporosidade dada pela agregação. O solo argiloso retém muito mais água quando comparamos aos demais tipos.
Um solo bem equilibrado é responsável por fornecer nutrientes e água aos cultivos, assim, sua importância é essencial.
Os elementos essenciais exigidos em maiores quantidades pelas culturas são chamados macronutrientes (entre eles: N, P, K, Ca, Mg e S) . Já aqueles demandados em menores quantidades são chamados micronutrientes (B, Cl, Cu, Fe, Mn, Mo e Zn).
Por causa principalmente do clima, a maioria dos solos tropicais contam com níveis de acidez de médio a alto (pH em água < 6,0) e baixos teores de elementos essenciais. É por esse motivo que a análise do solo faz toda a diferença, seja para fazer a calagem ou a adubação.
As camadas, ou horizontes, são divididas em superficiais e subsuperficiais (mais internas). Veja a ilustração para entender melhor.
Agora que já viu sobre a formação e importância, conheça quais são os tipos de solo mais comuns.
O tipo de solo argissolo costuma conter maior teor de argila nos horizontes subsuperficiais que nos superficiais. Em algumas de suas classificações, é comum ficar encharcado depois da chuva, dificultando a sua manipulação. Aparecem em cerca de 24% das unidades de mapeamento no Mapa de Solos do Brasil.
Conhecidos por fertilidade variável, o que exige o uso de de corretivos e fertilizantes.
Mais comuns no nordeste brasileiro, têm boa quantidade de argila, trata-se de um tipo de solo mais escuro e com boa fertilidade.
São mais ácidos, com altos teores de alumínio e textura predominantemente arenosa.
Comuns em regiões de várzea ou banhadas por rios, com cor mais acinzentada, devido à perda de ferro.
Aparecem em quase todo o Brasil. A cor varia entre vermelho, amarelo e vermelho-amarelado. As características são boa porosidade, permeabilidade e drenagem.
Contam com argila nas camadas superficiais, é um tipo de solo raso e de cor vermelha ou amarela. São comuns no Nordeste.
Esse tipo de solo tem pouca espessura, porque está nos estágios iniciais da formação.
Compostos por argila de cor avermelhada, têm boa drenagem, são estruturados e de fertilidade natural muito variável.
Organossolos são solos orgânicos, escuros, com presença de muitos restos vegetais não decompostos ou semidecompostos, são um tipo de solo bem comum no Sudeste.
Formado por um alto teor de argila e argila dispersa, tem estrutura bem desenvolvida ou maciça.
Tem condição limitante à percolação de água. Assim, dificultam a atividade agrícola pela dificuldade do desenvolvimento dos sistemas radiculares das plantas e de mecanização
São bem férteis e contam com bastante argila na formação. São comuns na zona seca do Nordeste, no Pantanal Mato-grossense, na Campanha Gaúcha e no Recôncavo Baiano.
Como você viu, cada tipo de solo tem suas necessidades específicas. Assim, é interessante mapear os produtos usados para não usar adubos ou fertilizantes em excesso. Você pode ter um trabalho mais simples com os softwares da Cropwise, que ajudam no manejo e produtividade da sua terra.
Já parou para pensar que em todo lugar que estamos, tem sempre um inseto ao nosso redor? Isso ocorre, por muitos fatores, como características que garantem o sucesso evolutivo, ou o grande número de tipos de insetos existentes, sendo este […]
Leia na íntegraAs pragas são os principais fatores que afetam a produtividade das lavouras. Além de prejudicarem o desenvolvimento das plantas para a fase adulta, muitas vezes elas retiram os nutrientes da cultura, afetando assim a sua qualidade. Conhecido na agricultura por seu potencial de destruição, […]
Leia na íntegraCom origem no latim “sustentare”, que significa apoiar, sustentar, o conceito de sustentabilidade está amplamente ligado à boas práticas, e tem sido muito utilizado para dar destaque a ações em prol do meio ambiente, da comunidade ou até mesmo da […]
Leia na íntegra